A atitude de um padre católico de Salvador, na Bahia, ao liderar movimento de defesa de direito à saúde, dá exemplo para outros líderes de igrejas de um envolvimento direto e prático com os problemas sociais da congregação. O padre José Jorge Souza organizou, dia 26/12, ato dos moradores de São Marcos em protesto pacífico contra o mau atendimento da unidade de emergência do bairro. O motivo principal da manifestação foi a demora no atendimento e nas transferências dos pacientes em estado grave para hospitais.
Segundo o religioso, em matéria de Cilene Brito, no Correio da Bahia, “os moradores do bairro encontram dificuldade para conseguir vagas e os médicos não querem cadastrar os idosos”. Ele conta que o protesto foi motivado por um episódio ocorrido no último fim de semana, quando uma idosa de 78 anos e cardíaca deu entrada na unidade. “O caso dela era grave, mas a médica da unidade deu alta para a paciente”, denunciou.
O jornal diz que o padre, “quando soube do caso através de familiares, foi pessoalmente ao Instituto do Coração da Bahia (Incoba) para conseguir uma vaga. “Conseguimos a vaga e, quando chegamos na emergência, a paciente já estava em casa. Ela teve uma crise ainda pior e voltou para a unidade de novo. Quando chegamos lá, ficamos sabendo que a vaga do hospital já tinha sido ocupada”, lamentou o religioso”.
Conforme o diário baiano, o padre “denunciou ainda que o atendimento no local tem sido bastante lento e que os pacientes passam horas aguardando para serem atendidos. Outra reclamação dos moradores, segundo ele, é a falta de humanização no atendimento. “Os médicos não tratam bem os pacientes e sempre estão estressados”. Ainda segundo o Correio da Bahia, o coordenador administrativo da unidade se defendeu das acusações, dizendo que o pedido de transferência foi feito. Em relação à demora nos atendimentos, ele alega que há uma grande demanda de pacientes.
Fonte: Agência Soma