A divulgação dos dez melhores e dez piores presídios do país, identificados pela Comissão Parlamentar de Inquérito do Sistema Carcerário, oferece um mapa dos locais onde a atuação da igreja cristã pela população carcerária é mais necessária. O ranking da CPI baseia-se em critérios como superlotação, insalubridade, arquitetura prisional, ressocialização por meio do Estado e do trabalho, assistência médica e maus tratos. Os problemas identificados sugerem que a contribuição precisa ir além do trabalho dentro dos presídios. É preciso também estar atento às ações governamentais que afetam o sistema carcerário. Confira as listas.
Os dez melhores:
1 – Associação de Proteção e Assistência ao Condenado (APAC), de Belo Horizonte (MG);
2 – Unidade Prisional Regional Feminina Ana Maria do Couto May, em Mato Grosso;
3 – Papudinha, em Brasília (DF);
4 – Penitenciária de Ipava (MG);
5 – Centro de Detenção Provisória de São Luís (MA);
6 – Penitenciária de Segurança Máxima do Espírito Santo;
7 – Penitenciária Feminina de São Paulo;
8 – Penitenciária Feminina do Rio;
9 – Presídio do Piauí;
10 – Presídio de Segurança Máxima de Presidente Bernardes (SP).
Os dez piores:
1 – Presídio Central de Porto Alegre (RS);
2 – Colônia Penal Agrícola do Mato Grosso do Sul;
3 – Empatados: Distrito de Contagem (MG), Delegacia de Valparaíso (GO); 52ª Delegacia de Polícia em Nova Iguaçu (RJ) e 53ª DP de Caxias (RJ);
4 – Empatados: Presídio Lemos de Brito, em Salvador (BA), Presídio Vicente Piragibe (RJ), Presídio Aníbal Bruno, do Recife (PE), Penitenciária Masculina Dr. José Mário Alves da Silva, Urso Branco (RO), e Complexo Policial de Barreirinhas (BA);
5 – Centro de Detenção de Pinheiros, em São Paulo;
6 – Instituto Masculino Paulo Sarasate, em Fortaleza (CE);
7 – Penitenciária Feminina Bom Pastor, no Recife (PE);
8 – Penitenciária Feminina de Santa Catarina;
9 – Casa de Custódia Masculina do Piauí;
10 – Casa de Detenção Masculina da Sejuc, no Maranhão.
População carcerária aumentou cerca de 21 mil
O número de presos no Brasil passou de 401.236, em 2006, para 422.373, em 2007. Para o diretor do Departamento Penitenciário Nacional (Depen) do Ministério da Justiça, Maurício Kuehne, o aumento é preocupante, porque o crescimento da criminalidade se reflete nos estabelecimentos penitenciários, que não dão conta da demanda. Segundo ele, os estados não conseguem acompanhar o ritmo de crescimento da população carcerária. De acordo com Kuhene, são vários os fatores que explicam o crescimento acelerado da população carcerária nos últimos anos, entre eles o aumento da criminalidade, uma maior eficiência do aparato policial repressivo e respostas judiciais mais rápidas aos processos que são submetidos à apreciação da autoridade judiciária. (Informações da Agência Brasil).
Fonte: Agência Soma