O segmento de livros religiosos é o que mais cresce no Brasil. De acordo com estimativas da Associação de Editores Cristãos (Asec) apenas o mercado de livros cristãos faturou R$ 479 milhões em 2011. E a projeção da Asec é um crescimento de 14,4% em 2012, chegando a R$ 548 milhões.
De acordo com o Valor Econômico a Câmara Brasileira do Livro/Fipe divulgou que a categoria de livros religiosos foi responsável por 14,7% do faturamento total do mercado em 2012.
Para atender esse mercado em expansão o segmento passa por transformações, incluindo a entrada de novas editoras, parcerias com grupos internacionais e a investida de empresas seculares.
A Novo Século criou a editora Ágape em 2011, voltada para o segmento, e adquiriu alguns títulos e a utilização da marca da editora Naós (com 16 anos de atuação). A Thomas Nelson Publishers, gigante americana do mercado editorial cristão, fez uma joint venture há cinco anos com a Ediouro, formando a Thomas Nelson Brasil.
A Globo Livros também está investindo no mercado, em 2011 a editora lançou o livro “Ágape” do padre Marcelo Rossi, que se tornou o maior best-seller brasileiro do ano, com mais de 7,2 milhões de cópias vendidas.
Sinval Filho, coordenador executivo da Asec, afirma que as parcerias de editoras nacionais com grandes grupos estrangeiros é uma tendência que irá aumentar nos próximos anos. De acordo com ele “empresas não só dos Estados Unidos, mas da Europa, da África e da Ásia têm olhado para o Brasil”, o representante da Asec completa dizendo que “para algumas editoras, o Brasil representa metade de seus contratos internacionais”.
O executivo aponta também para a deficiência da distribuição no país. Segundo ele o Brasil conta apenas com 1,5 mil pontos de venda evangélicos e das cerca de 400 mil igrejas evangélicas no país, apenas cem são pontos de venda de livros. Sinval afirma ainda que mesmo que a população de evangélicos do Brasil, que cresce 7% ao ano, permanecesse estagnada seria um grande desafio atendê-la.
Fonte: Gospel+