Dos 700 mil cristãos que viviam no Iraque até 2003, mais da metade foi obrigado a deixar o país por causa da violência, para refugiar-se no Jordânia, Síria e Líbano. Este alerta foi lançado pelo Arcebispo Jean Benjamin Seleiman, do rito latino de Bagdade.
D. Jean Benjamin Seleiman explicou que os cristãos vivem com medo, mas sentem-se animados pela solidariedade ecuménica e advertiu que em algumas regiões como Bassora e Mossul, os fiéis vivem no meio “do terror quotidiano”.
Sobre a nova Constituição do país, o Arcebispo indicou que existem elementos novos, como os que se referem à liberdade de consciência mas também se encontram elementos inalteráveis como por exemplo o artigo 2 onde se estabelece que “toda lei que contrarie a Sharia (lei muçulmana) é nula”.
“O Iraque está estruturado antropologicamente de modo tribal e esta é uma grande dificuldade para a vivência dos direitos do homem, porque estes pressupõem a existência de um homem livre”, advertiu.
De acordo com fontes locais, mais de 2,3 milhões de pessoas, na maioria mulheres e crianças, vêem obrigadas a deixar o Iraque para fugir da violência.
Fonte: Agência Ecclesia