A Marcha, que está na 18ª edição na cidade, começou às 15h na Praça da Saudade, Centro, e seguiu em direção ao Sambódromo, zona centro-oeste da capital. Nem mesmo o calor intenso diminuiu o ritmo dos participantes, que começaram a chegar ao Centro de Convenções por volta das 18h30. A celebração continuou com atrações musicais, incluindo a apresentação especial do cantor francês Chris Duran.
O evento é organizado anualmente por pastores das igrejas evangélicas e reuniu fiéis de diferentes congregações, de todas as idades, que andaram cerca de sete quilômetros ao som de trios elétricos com estilos musicais distintos, incluindo funk, axé, música eletrônica e sertanejo.
A concentração iniciou às 12h, na praça da Saudade. Três horas depois, os participantes sairam da rua Ferreira Pena, ao lado da Praça da Saudade, seguindo pelas rua Japurá, avenida Joaquim Nabuco, rua Silva Ramos até chegarem a Djalma Batista, que ficou temporariamente interditada no sentido centro/ bairro.
O Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans), fez o acompanhamento de todo o percurso. No total, 63 agentes de trânsito com auxílio de motocicletas e viaturas orientaram os condutores em pontos estratégicos do itinerário da marcha, liberando o tráfego conforme o andamento da marcha.
Demonstração de fé
A principal motivação para a grande maioria dos participantes é celebrar e demonstrar a fé. Muitos fizeram o percurso acompanhados de familiares, e driblaram o calor e o cansaço sem perder o foco. Para o empresário Carlos Moura, 42, fazer esses sacrificios em família une e fortalece laços e a fé pessoal.
“É muito emocionante estar participando, ainda mais com toda a minha família. Nós nos preparamos com bastante protetor solar e um bom estoque de água mineral pra chegar até o fim do percurso e fazer esse sacrifíco em nome da instituição mais importante aos olhos de Jesus, que é a família”, disse o empresário, que participa pela primeira vez do evento.
Quem também desenvolveu uma estratégia para conseguir chegar até o fim sem problemas foi a secretária e universitária Ana Lúcia, 50, que estava acompanhada de oito crianças. Para não perder nenhuma de vista, ela amarrou uma corda no braço de cada um, e os conduzia em fila indiana.
“Apenas dois são meus parentes, os outros são filhos de conhecidos e vizinhos. São meus discipulos. Pra não perder nenhum deles, e conseguir voltar com todo mundo em segurança a gente sempre dá um jeitinho, esse foi o que eu encontrei hoje, mas o que eu queria mesmo era ter um trio elétrico pra trazer mais de 30 crianças comigo”, conta a secretária que sempre participou da marcha.
Polêmica
A atual polêmica a respeito do Projeto de Lei 122, que pretende declarar a homofobia como crime no Brasil, marcou presença na edição da marcha deste ano. Cerca de 200 voluntários estavam recolhendo assinaturas para um abaixo assinado contra o Projeto. O documento é uma iniciativa da Ordem dos Ministros Evangélicos do Amazonas (Omeam), que tem como presidente o pastor Valdiberto Rocha. Cada voluntário tinha a meta de conseguir em média 450 assinaturas.
A Marcha para Jesus
A primeira Marcha para Jesus aconteceu em 1987 na cidade de Londres (Inglaterra), e foi fundada pelo pastor Roger Forster, pelo cantor e compositor Graham Kendrick, Gerald Coates e Lynn Green. No início, a intenção era tirar a igreja das quatros paredes e mostrar que ela estava viva e presente na sociedade. O resultado desse evento foi bastante produtivo.
No Brasil, o Dia Nacional da Marcha para Jesus é comemorado há 18 anos. E através da Lei nº 12.025, de 3 de Setembro de 2009, ficou oficialmente instituído no primeiro sábado subseqüente aos sessenta dias após o Domingo de Páscoa.
Fonte: D24am