Este eclipse tem algumas particularidades interessantes. Na véspera, no dia 2 de março, a Lua ocultou Saturno, um outro eclipse. Infelizmente essa ocultação foi visível apenas no extremo norte da Europa.
O eclipse foi visível (ao menos parcialmente) em todos os continentes. Para observá-lo, não foi preciso nenhum instrumento em especial, nem proteção para os olhos. Mas um binóculo ou um telescópio ampliaram o espetáculo.
O ápice do fenômeno se due sobre a Nigéria e Camarões, quando a Lua ficou no zênite. Aqui no Brasil, a Lua nasceu o eclipse já tinha começado. Observadores mais a leste viram fases mais iniciais, quando a Lua entrou na penumbra da Terra. Já no extremo oeste do Brasil,
quando a Lua nasceu, ela já estava bem apagada, pois já tinha entrado na umbra da Terra.
Umbra e penumbra são componentes da sombra da Terra e se diferenciam pelo fato de a penumbra ser uma parte mais fraca da sombra. A umbra vem a ser a parte mais escura dela.
A tabela abaixo mostra os horários de entrada e saída na penumbra e umbra.
Entrada na penumbra = 17h18
Entrada na umbra = 18h30
Entrada completa na umbra = 19h44
Início da saída da umbra = 20h57
Saída da umbra = 22h11
Saída da penumbra = 23h23
A totalidade do eclipse durou cerca de 36 minutos, isto é, durante meia hora a Lua esteve completamente imersa na parte mais escura da sombra da Terra. Nesse momento ela adquiriu uma tonalidade avermelhada que pode variar desde o alaranjado claro até o
vermelho-tijolo. Isso depende da atmosfera da Terra e de quanto material particulado estiver em suspensão nela, em outras palavras, da poluição. Só para aliviar o lado da humanidade, existe também poluição
natural. Material particulado oriundo de explosões vulcânicas e
queimadas, por exemplo.
Enfim, quem parou para contemplar o eclipse lunar na noite de sábado, vai poder guardar na lembrança esse presente da natureza e esperar até o próximo ano quem sabe.