Depois do culto, foi parar no presídio
Auxiliar de pastor teria abusado de criança de 9 anos e corrompido adolescente de 15
Por volta das 15h de ontem, uma equipe de investigadores da 1ª Delegacia de Polícia Civil (1ª DP) aguardava apenas o fim de um culto em frente ao templo da Igreja Internacional da Graça de Deus em Santa Maria, na Rua Professor Braga, para cumprir uma missão que nada tinha a ver com orações ou fé. O trabalho do grupo era prender um auxiliar de pastor – ou ministro, como a função também é chamada na igreja -, acusado de abusar sexualmente de uma criança de 9 anos e corromper uma adolescente de 15.
Juliano Mateus Scherer, 22 anos, que está na cidade há poucas semanas, teria cometido os crimes em Panambi e estava sendo investigado desde março. Quinta-feira passada, a juíza Michele Scherer Becker, da 1ª Vara Criminal de Panambi, ordenou que ele fosse preso preventivamente. Segundo os policiais que cumpriram a ordem em Santa Maria, o réu não reagiu à prisão e só não foi interrogado porque o processo corre na comarca de Panambi.
Scherer foi denunciado à polícia pelo padrasto de suas supostas vítimas. Ele teria flagrado o acusado trocando carícias com a adolescente de 15 anos dentro do templo da Igreja Internacional da Graça de Deus, em Panambi. Na oportunidade, o homem disse também que desconfiava que o ministro abusava sexualmente de sua enteada de 9. O caso chegou à Polícia Civil e, depois disso, Scherer acabou sendo transferido para o templo de Santa Maria.
O principal fundamento para a decisão da juíza foi de que o religioso, caso não fosse preso, poderia se utilizar de sua condição de auxiliar de pastor para abusar de outras crianças e adolescentes. Ainda, segundo a magistrada, o réu poderia encontrar os mesmos estímulos para (…) praticar novas “coisas do diabo”, como ele mesmo se referiu à policia de Panambi quando foi interrogado.
Defesa – Até ontem, nenhum advogado havia sido escolhido para defendê-lo no caso. O pastor regional e responsável pela estada do acusado em Santa Maria, Clairton Maciel Guedes, disse que “o departamento jurídico da igreja está averiguando o caso, mas que tudo que está sendo alegado não é verdade”.
Fonte: Guia Digital