O Ministério Público do Estado de São Paulo definiu nesta terça-feira (6) quem vai comandar as investigações das denúncias de que filha dos fundadores da Igreja Apostólica Renascer em Cristo, Fernanda Hernandes Rasmussen, e seu marido, Douglas Rasmussen foram funcionários fantasmas da Assembléia Legislativa de São Paulo. A tarefa de apurar o caso vai ficar sob a responsabilidade da promotora Andréa Chiaratti do Nascimento Rodrigues Pinto.
O procedimento para dar início às investigações foi instaurado na última sexta-feira (2) pelo promotor Paulo Saad Mazloum, secretário da Promotoria de Justiça e Cidadania da capital. No início da tarde desta terça-feira, o procedimento foi distribuído entre os dez promotores do MP e foi definido por sorteio o nome de Rodrigues Pinto. A decisão ocorreu com um dia de atraso, já que a previsão inicial do MP era de que o nome fosse divulgado na tarde da segunda-feira (5).
Entre fevereiro de 2005 e setembro de 2006, Fernanda Hernandes Rasmussen, filha de Estevam e Sônia Hernandes, recebeu salário-base de R$ 5.754,78, sem contar as gratificações, pelo cargo de assistente do deputado estadual Geraldo Tenuta (PFL), conhecido como Bispo Gê.
Nos 19 meses em que esteve lotada no gabinete, a “pastora Fê”, como é conhecida pelos fiéis da Renascer, recebeu pelo menos R$ 95 mil, já considerados os descontos na folha de pagamento.
Desde 20 de março de 2003 e até hoje, o marido de Fernanda, o ex-modelo Douglas Adriano Rasmussen, também está na folha de pagamento do gabinete do pastor da Renascer, com salário de R$ 7.412,93.
As atividades profissionais de Fernanda e Douglas na Assembléia, no entanto, são novidade até mesmo para os funcionários do gabinete de Tenuta. Assistentes afirmaram que o casal nunca teve atuação profissional ligada ao deputado e que eles jamais apareceram na Assembléia.
Procurado pelo portal G1, o casal Douglas Adriano Rasmussen e Fernanda Hernandes Rasmussen não foi encontrado para comentar a reportagem.
Fonte: G1.com.br