Orit Rajamim simulou até que foi ferida durante a guerra no Líbano.
Ela chegou a se auto-promover ao cargo de “capitão”.
Uma israelense de 24 anos, frustrada porque recebeu baixa das autoridades militares ao ser considerada “inadequada” para o serviço militar obrigatório, fingiu servir ao exército durante cinco anos, e até se “promoveu” a capitão, informa nesta quarta-feira (8) o jornal “Yedioth Ahronoth”.
Orit Rajamim, de Jerusalém, foi recrutada – como todos os jovens israelenses – aos 18 anos. O jornal informa que ela saía de casa todas as manhãs, usando uniforme, e contava à família que tinha se alistado no exército. O serviço obrigatório é de 20 meses para mulheres.
Depois de algum tempo, a jovem comunicou que tinha sido promovida a “tenente”, e pouco antes de ser descoberta, já era “capitão”.
Ela comprava as insígnias e também possuía uma imitação de um fuzil M-16 com mira telescópica, que comprou por US$ 1 mil (R$ 1.900,00).
Rajamim nunca despertou suspeitas. Chegou a simular que foi ferida na testa durante o conflito do ano passado no Líbano, apesar de nenhuma mulher ter participado dos combates.
Ela foi detida ontem, em Jerusalém, devido à denúncia de um soldado. O militar denunciou o extravio de um cartão de crédito especial militar para a compra de uniformes das Forças Armadas.
A polícia achou na casa da jovem outra arma, munição e um mapa militar secreto. Ela pode ser julgada por furto e simulação.
A falsária costumava fazer amizade com os membros do exército nas “Casas do Soldado” (Yad a-Banim), uma rede de estabelecimentos em todas as cidades do país que prestam assistência aos militares. Assim, conseguia viajar com eles para suas bases, sem que ninguém notasse que era uma intrusa, apesar das rígidas medidas de segurança freqüentes nos postos de guarda.
Um profissional do Serviço de Psiquiatria do Ministério da Saúde Pública, Hagai Jermesh, disse ao jornal que “em muitos casos, os simuladores são pessoas que buscam honra e prestígio, como no caso dos que se disfarçam de médicos”.
Fonte: G1