Começou em 4 de setembro, no Rio de Janeiro, a quarta Caravana Comunidade Segura realizada pela ONG Viva Rio. Este ano, a Caravana vai percorrer 12 capitais brasileiras, entre setembro e novembro, capacitando e fortalecendo a articulação entre redes religiosas, ONGs, movimentos sociais e poder público sobre “O impacto da violência sobre crianças e jovens”. A finalidade é estimular e qualificar o debate sobre juventude, divulgar boas práticas e integrar organizações civis e autoridades estimulando políticas públicas de inclusão de crianças e jovens e a participação de organizações da sociedade civil no enfrentamento da questão da violência para a construção da paz.
Segundo dados do Viva Rio, estima-se que existem hoje no Brasil dez milhões de jovens em situação de risco social. Este número representa uma população de rapazes e moças, de 15 a 24 anos, moradores de comunidades pobres em áreas urbanas, que abandonaram a escola e estão desempregados e, consequentemente, fora do alcance de atuação do poder público. A Caravana Comunidade Segura pretende, então, reforçar a rede de instituições civis para a transformação deste cenário.
“Esta situação de alto risco precisa ser enfrentada pela sociedade civil e poder público de forma integrada e inteligente. O debate, articulação e planejamento de ações e políticas públicas eficientes precisam substituir o discurso exclusivamente repressor. Com esta iniciativa queremos também apontar modelos e soluções para a prevenção ao ingresso na violência organizada, resgate e re-integração de adolescentes e jovens já envolvidos com a criminalidade”, explica André Porto, coordenador da Caravana.
As oficinas da Caravana contam com a participação do Ministério da Justiça, que apresentará o Programa Nacional de Segurança com Cidadania (PRONASCI) e suas ações no campo da juventude, e da Secretaria Especial de Direitos Humanos, que apresentará o SINASE – Sistema Nacional de Ações Sócio Educativas.
Segundo Porto, neste quarto ano da Caravana a parceria significativa do Ministério da Justiça e da Secretaria Especial de Direitos Humanos possibilita uma aproximação e convergência entre os principais atores locais e nacionais dedicados a temática da Caravana.
A agenda da Caravana em cada cidade inclui oficinas de capacitação, visitas a projetos e boas práticas e audiências com autoridades locais. As oficinas acontecerão sempre nas Assembléias Legislativas das capitais, no primeiro dia da Caravana, entre 9h e 16h30m e as visitas e audiências acontecerão no segundo dia.
Fonte: Agência Soma