Em comunicado oficial enviado na última semana, a ONG Harpazo – Movimento Cristão pela Diversidade respondeu às declarações homofóbicas feitas pelo senador Marcelo Crivella (PRB-RJ) contra o substitutivo ao Projeto de Lei da Câmara 122/06, o qual altera e define os crimes resultantes de preconceito e de discriminação de gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero.
Na segunda-feira, dia 19 de março, Crivella declarou em plenário que a homossexualidade “é claramente antinatural” e que os deputados não tiveram a “completa extensão da decisão que tomaram” ao aprovar o PLC 122/06.
“Confusão há na cabeça do senhor senador que desconhece a realidade, e que permanece alheio às conseqüências violentas da homofobia que sofre a população GLBT. A cada dia no Brasil, os homossexuais sofrem violências físicas e verbais (e até assassinatos) por não poderem expressar livremente sua sexualidade, que é um direito humano que deve ser respeitado”, afirma a Harpazo em seu comunicado.
Em outro trecho diz: “Algumas igrejas cristãs sempre condenaram a homossexualidade porque a consideram como sendo contrária às leis da natureza. (…) A mesma Bíblia, no Velho Testamento, estipula que as mulheres devem ser socialmente isoladas enquanto menstruadas, que os pais devem matar seus filhos se estes adorarem qualquer outro deus que não o Deus Único e que aqueles que trabalham no Sábado devem ser executados. Quando perguntamos aos membros de uma igreja qual a sua opinião sobre esses trechos, costumam afirmar que os tempos são outros e que não devemos mais tratar o próximo com tamanha crueza. (…) Porém, os mesmos ‘cristãos’ não aparentam o menor escrúpulo ao condenar os homossexuais, sem ao menos considerar que são filhos de Deus e que merecem ser tratados como tal”.
Para concluir a organização cristã salienta: “É importante ressaltar que o ‘banimento’ de homossexuais permanecerá num nível altíssimo e inúmeras mortes e suicídios continuarão a ocorrer enquanto os religiosos insistirem em propagar a aversão à homossexualidade e transformá-la em ódio aos homossexuais”.
Fonte: UOL