O papa Bento XVI pediu aos jovens que “não fujam” da Igreja devido aos diversos casos de sacerdotes pedófilos, que prejudicaram a imagem da comunidade nos últimos anos
O Pontífice assim pede no prólogo que escreveu nesta quarta-feira para o “YouCat”, abreviação de Youth Catechism, um catecismo direcionado para os jovens, que será entregue a todos os participantes da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) que será realizada em Madri entre os dias 16 e 21 de agosto.
No texto, o papa assinala que todo o mundo sabe “de que maneira a comunidade foi atingida nos últimos tempos pelos ataques do mal, pela penetração do pecado no interior, melhor dito no coração, da Igreja”.
Com estas palavras, na mesma linha que as pronunciadas durante sua viagem a Portugal em maio do ano passado, Bento XVI voltou a condenar os casos de padres pedófilos, ao insistir, como disse em Lisboa, que o sofrimento da Igreja “vem de seu interior, dos pecados que existem nela”.
“Não tomai o anterior como pretexto para fugir do lado de Deus, vós mesmos sois o corpo de Cristo, a Igreja. Levai o fogo intacto de vosso amor”, exorta.
No prólogo, o papa lembra que João Paulo II lhe pediu em 1985 que coordenasse um comitê internacional de bispos para redigir o novo Catecismo da Igreja Católica.
Bento XVI acrescenta que, uma vez pronto o Catecismo universal (publicado no final de 1992), se perguntaram se não seria conveniente também “traduzi-lo” à linguagem dos jovens e assim surgiu YouCat, sob a guia do cardeal de Viena Christoph Schönborn.
O papa indica que muitas pessoas lhe dizem que o catecismo não interessa à juventude atual, mas ele declarou que não acredita no fato.
Bento XVI visitará Madri entre os dias 18 e 21 de agosto para presidir a Jornada Mundial da Juventude, com expectativa de reunir 2 milhões de jovens de todo o mundo.
Frei é preso ao sair de motel com menor
Um frei foi preso, na noite de segunda-feira (31), em Várzea Grande (MT), quando saía de um motel acompanhado de uma adolescente de 16 anos. De acordo com a Polícia Civil, ele deve responder por estupro.
“Nós recebemos uma denúncia, no ano passado, de que ele teria um relacionamento com essa adolescente. Começamos a investigação e em janeiro tivemos a confirmação. Ele frequentava motéis com a menor e usava o carro da paróquia para ir aos locais com ela”, diz ao G1 a delegada Juliana Palhares, da Delegacia Especializada de Defesa da Mulher de Várzea Grande.
O frei é de uma paróquia em Cuiabá e, segundo Juliana, tinha um relacionamento próximo com a família da adolescente. “A família está em choque, porque eles frequentavam a paróquia e mantinham uma certa amizade com o frei. Eu entendo que essa proximidade é suficiente para viciar o consentimento da menor, por isso ela é considerada vulnerável, não tem condições de impedir o abuso”, afirma.
Após a prisão, o frei foi levado para a delegacia, mas ficou em silêncio durante o interrogatório, segundo a delegada. Ele foi então encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Cuiabá para exames e, em seguida, levado para o sistema prisional.
A menor também foi encaminhada à delegacia e foi ouvida pela polícia, acompanhada da mãe. A adolescente passou por exames no IML e deve receber atendimento psicológico.
O Frei foi afastado pela Igreja Católica e é acusado de desvio de dinheiro de sua paróquia.
Fonte: Gospel+