Uma jovem paratleta poderia não ter sido dada à luz devido a uma recomendação médica, que sugeria aos pais que optassem pelo aborto da gestação pois sua filha poderia viver em estado vegetativo e ligada a aparelhos.
Eliza McIntosh, 21 anos, hoje é uma jogadora de basquete em cadeira de rodas e há pouco foi eleita Miss Cadeira de Rodas. Mas nada disso seria possível se seus pais seguissem o que os médicos sugeriram.
Uma reportagem do Christian Today com a jovem atleta revelou ao mundo o motivo de seus pais terem ignorado as ordens médicas: “Meus pais são muito religiosos, por isso eles são contra o aborto”, disse ela.
Uma anomalia congênita rara, chamada dysgenesis espinhal, que impede o desenvolvimento adequado da medula, resultou na paralisia de metade do corpo de Eliza, da cintura para baixo. Mas, segundo a jovem, seus pais dizem constantemente vê-la como uma dádiva, e convivem felizes com a necessidade de adaptarem suas vidas para cuidarem da filha.
“Eles não iam me deixar morrer. Eles decidiram modificar a nossa casa para torná-la mais acessível e nunca me trataram de forma diferente”, comentou a paratleta.
O exemplo de não terem desistido dela serve como inspiração para que ela nunca desista de seus objetivos: “Meus pais sempre foram uma grande inspiração. Eles nunca me disseram que eu não podia fazer nada. Nós sempre encontramos uma maneira de contornar as dificuldades que tive”, afirmou. “Eles colocaram em mim a ideia de que eu deveria saber a diferença entre ter uma deficiência e ser inativa. Ter uma deficiência é algo com que nascemos, mas ser inativo significa que você está desistindo”, acrescentou.
Além de viver uma vida normal, contornando as limitações, Eliza hoje é reconhecida como paratleta e teve sua beleza enaltecida como Miss Cadeira de Rodas nos Estados Unidos.