Foram anistiados quatro dos seis prisioneiros religiosos de consciência no Turcomenistão após jurarem lealdade ao Alcorão durante o Ramadã, informou o “Forum 18” . Porém, um dos quatro, o pastor batista Vyacheslav Kalataevsky, que não aceitou a oferta, permanece mantido sob custódia e pode ser deportado.
“Nós estamos preocupados porque há uma esperança mínima de que ele fique aqui”, disse um dos membros da família do pastor ao “Forum 18”. “A família e a Igreja querem que Vyacheslav fique e ele quer ficar”, contou a fonte.
Parentes dizem que a embaixada ucraniana também apelou às autoridades turcomanas em favor de Kalataevsky para que ele receba autorização para viver com a família no Turcomenistão. Entenda o caso.
Os três outros prisioneiros religiosos anistiados são Testemunhas de Jeová que tiveram suas sentenças suspensas por se recusarem a fazer parte do Exército, por questões de consciência religiosa.
Nenhum funcionário foi encontrado disponível para explicar ao “Forum 18” por que não foram anistiados dois dos prisioneiros religiosos e por que Kalataevsky não pode voltar à família dele. Outra dúvida é por que alguns dos prisioneiros anistiados tiveram que jurar lealdade ao Alcorão e ao Ruhnama (Livro da Alma).
De acordo com o relato de um parente de Vyacheslav Kalataevsky, o pastor é mantido em uma cela com outros 30 homens.”Colchões só entram à noite e durante o dia os prisioneiros têm que sentar ou deitar no chão de concreto frio. Eles são mantidos sem condições de higiene e sem possibilidade de tomarem banho”.
Familiares pediram às autoridades permissão para trazer o pastor batista para ficar com eles em Ashgabad, enquanto a aguardam decisão sobre o futuro dele. “Mas o pedido foi recusado. Nós tentamos descobrir o que acontecerá a ele. O serviço de imigração nos falou que o caso está no Ministério de Assuntos Exteriores e no Ministério do Interior. Eles não nos dão informações concretas”, disse um parente.
Fonte: Portas Abertas