Os ânimos ficam exaltados em época de eleição. Por conta disso, muitos irmãos em Cristo se esquecem do foco principal do Evangelho e entram em disputas que no lugar de unir, terminam acentuando nossas diferenças e nos distanciando do amor cristão.
O pastor americano Mike Leake fez questão de ressaltar essa realidade em um artigo publicado em seu blog, intitulado: “Vamos ser Honestos e Admitir que Odiamos uns aos Outros”.
“Você é um democrata? Um republicano? Algo no centro? Você é um calvinista? Um arminiano? Ou algum híbrido de ambos? Você é um guerreiro da justiça social? Você é alguém que acredita que as questões de justiça social estão indo longe demais? Ou você está confuso e não tem certeza de onde você é?”, questiona Leake no início do texto.
Para o pastor, nossas diferenças existem e causam confusão porque como seres humanos estamos em estado de pecado. Ele deixa implícito ao longo do texto que para romper com esse mal, precisamos primeiro ter a honestidade de reconhecer que “nos odiamos”.
“Nós odiamos um ao outro. Esta é a conclusão a que cheguei lendo em Provérbios 10:12”, escreve ele, referindo-se ao texto que diz: “O ódio excita contendas, mas o amor cobre uma multidão de pecados”.
O pastor destaca que o ódio “em primeiro lugar, mantém sentimentos negativos em relação aos outros. Ele continua alimentando as chamas. Em segundo lugar, continuamente encontra defeitos nas enfermidades dos outros. Em terceiro lugar, transforma o menor escorregão em um grande negócio”.
Leake então contrasta o sentimento de ódio em relação ao amor, explicando que o amor é oposto a tudo isso e nos faz ter a capacidade de lidar com nossas diferenças em nome de um alvo maior, que é a vida com Deus.
“Vamos apenas ser honestos e confessar que nossos frutos são evidências de que odiamos uns aos outros. Sei que como cristãos que não gostamos de admitir isso porque sabemos que o ódio não é um dos frutos do espírito”, destaca.
“Mas nós não seremos curados de tentar trazer o Reino através da raiva, se não admitirmos o que realmente está acontecendo em nossos corações. E vamos admitir que isso não é bom para nós como crentes em Jesus”, insiste o pastor, chegando em sua conclusão final.
“Então, estou convencido de que realmente odiamos um ao outro. E talvez nos odiamos porque nos esquecemos do evangelho. Esquecemos o quanto Jesus nos cobriu. E esquecemos que a cruz também significa que Deus é absolutamente justo. Nós não temos que lutar com armas ímpias para preservar nossas posições. Somos livres para amar”, ensina o pastor.