Ele jura com as mãos algemadas sobre a bíblia que jamais cometeria um delito como este do qual está sendo acusado. Ela, uma menina de apenas 8 anos que, conforme versão nos autos do processo, teria apenas pedido uma oração em seu nome. Respectivamente, eles são acusado e vítima do fato que ocorreu no Bairro Cruzeiro, no município de Salto do Jacuí, por volta das 9 horas da última segunda-feira.
Segundo consta na ocorrência registrada na Delegacia de Polícia da cidade, Rubens Schwanke, 51 anos, pastor da Igreja Evangélica Pentecostal Seara do Senhor Jesus Cristo, teria ido à casa da menor para “fazer orações”. A criança estava em companhia da avó. No momento em que ficou sozinha com o religioso – conforme depoimento dela à polícia –, ele teria colocado a mão por dentro das calças da menina, tocando seu órgão sexual. Da mesma maneira, teria levantado a blusa da menor e a convidado para “fazer bagunça qualquer noite que desejasse”.
Assustada, a criança saiu correndo e chamou a avó, que de imediato foi tirar satisfações com o acusado. Como os gritos podiam ser ouvidos de longe e, conforme uma testemunha, Rubens teria saído do interior da residência “puxando o zíper das calças”, a Brigada Militar foi acionada. Os procedimentos legais foram adotados e o pastor foi preso preventivamente, estando no Presídio Estadual de Sobradinho à espera de julgamento.
ANTECEDENTES
O escrivão de polícia responsável pelo caso, Helio Andrade, destaca que pelo menos mais uma ocorrência de atentado violento ao pudor foi registrada contra o pastor. No dia 23 de janeiro de 2006, em Travessa Maravilha, Salto do Jacuí, um telefonema anônimo informou que Schwanke teria ido até a casa de uma senhora onde pediu para “pregar” no banheiro em companhia de duas mulheres.
Após ter tocado sua genitália e beijado as mulheres, em um momento de descuido elas conseguiram fugir. “Consta que ele teria ameaçado as senhoras de morte se o fato fosse contado a alguém”, afirmou Helio. “Elas não quiseram representar contra ele por medo”. Além desse crime, adiantou o escrivão, ele possui antecedentes por delitos como perturbação do sossego, ameaça e injúria. As principais vítimas são os vizinhos da igreja.
Fonte: Gazeta do Sul