Sabino Saldanha (48) jura por Deus que é pastor da Assembléia de Deus Ministério da Vitória, mas a polícia não coloca muita fé nisso. Na terça-feira, o evangélico foi preso.
Procurado pelas polícias do Rio de Janeiro, de Santa Catarina, do Paraná, do Rio Grande do Sul, de Minas Gerais, do Mato Grosso, de Goiás, de Rondônia, do Pará e de São Paulo, há dois mandados de prisão preventiva contra ele. O pastor está orando no presídio da capital.
Recentemente, ele fundou uma igreja evangélica em um bairro da periferia de Porto Velho, Rondônia, onde teria, segundo a polícia, aplicado um golpe milionário.
Alegando que construiria um centro de recuperação de drogados, conseguiu uma verdadeira fortuna e fugiu, mas, antes, vendeu o prédio da igreja.
O mesmo golpe seria aplicado em Senador Guiomard. Conseguiu o título de doação de terra para construir o centro de recuperação de drogados para abrigar cerca de 300 dependentes químicos.
Com o nome de Assembléia de Deus Ministério da Vitória, ele lançou a pedra fundamental da obra. Autoridades foram convidadas, como o prefeito de Senador Guimard, juízes, vereadores e o delegado local.
Desconfiado, o delegado Messias Ribeiro o chamou à delegacia e, em seguida, encaminhou-o à sede do Grupo de Capturas da Polícia Civil em Rio Branco para que fosse investigado.
Os investigadores passaram grande parte da tarde pesquisando no sistema Infosseg e vida do pastor e acabaram descobrindo dois mandados de prisão do Rio de Janeiro.
As dificuldades dos policiais de encontrar o mandado eram pelo fato do pastor usar, além do nome de Sabino Saldanha, passava-se também por João Roberto da Silva, Sidney Saldanha e Abílio Knubet, tudo com documento de identidade.
Numa pesquisa feita no portal da Receita Federal, o investigador José Everaldo descobriu existir nada menos que 146 igrejas evangélicas espalhadas pelo Brasil em nome de Sabino Saldanha, que também se passa por advogado e por psicólogo.
Preso, Saldanha deve estar orando agora na unidade de recuperação social dr. Francisco D’Oliveira Conde. Ele será investigado mais ainda, porque a polícia quer constatar se o suposto pastor lava dinheiro na casa do Senhor.
“Se tivesse devendo alguma coisa, tinha fugido em vez de me apresentar na delegacia”, defendeu-se.
Fonte: Rondoniaaovivo.com