O pastor evangélico Isaías da Silva Andrade, que escondeu e apresentou à polícia o assaltante acusado pela morte do turista italiano Giorgio Morassi, foi indiciado por favorecimento pessoal e pode ficar até seis meses preso. “Na quinta-feira, o pastor levou o acusado que antes estava com parentes para uma casa dentro da Favela da Fazendinha, no Complexo do Alemão, ou seja, colocou em risco a comunidade e dificultou a prisão”, afirmou o delegado-titular da Delegacia Especial de Atendimento ao Turista (Deat), Fernando Veloso.
Na segunda, o pastor justificou o crime afirmando que Rodrigo Carvalho da Cruz, o Tico, estava “possuído por demônios” quando roubou o cordão do pai de Giorgio, que foi atropelado após perseguir e lutar com o assaltante. Depois de confessar o assalto, Tico foi indiciado por homicídio.
O irmão de Giorgio, Victor Morassi, reconheceu nesta terça-feira, 27, o assaltante, que já tinha sido identificado por ele em fotos. Junto com os pais, ele viu a morte do irmão. Outras quatro vítimas também reconheceram Tico como autor de assaltos na orla.
O delegado pretende enviar na quarta o inquérito à Justiça e pedirá a prisão preventiva do acusado, cuja prisão temporária termina na sexta-feira.
O delegado-titular da 13.ª Delegacia de Polícia de Ipanema, André Drumond, anunciou a prisão de Marcelo Alves da Silva, o Mussum, de 39 anos, suspeito de atuar em conjunto com Tico. A polícia estima que dez pessoas atuem em uma quadrilha especializada em assaltar turistas na orla carioca. Mussum, foi preso em Belford Roxo, na Baixada Fluminense, onde é acusado de formação de quadrilha e roubo e tem a prisão preventiva decretada pela Comarca de Muriaé, no interior de Minas Gerais, pela participação no seqüestro do dono de uma rede de supermercados local no último dia 9.
Fonte: Estadão