Oficiais da inteligência algemaram e vendaram o pastor da assembléia de Deus, Hannu Lahtinen, depois de detê-lo em um posto de gasolina em Amã, no último dia 5 de dezembro. A polícia o manteve sob custódia por dois dias e depois o deportou para a Finlândia, sua terra natal, sem uma explicação oficial. A esposa do pastor e seus dois filhos pequenos voltaram para a Finlândia na semana seguinte ao ocorrido.
No mês seguinte, devido a um pedido oficial do Ministério das Relações Exteriores Finlandês, as autoridades da Jordânia deram uma explicação por escrito sobre a deportação do pastor.
Hannu foi acusado de ameaçar a estabilidade social do país (por pregar a fé cristã) e de residir ilegalmente. De acordo com uma carta do Ministério das Relações Exteriores da Jordânia à Embaixada da Finlândia, o pastor era considerado uma pessoa perigosa. O conteúdo da carta foi confirmado pelo embaixador finlandês Pertti Harvola.
Um porta-voz do governo da Jordânia declarou ao Compass que oficiais já tinham avisado Hannu sobre suas “atividades” por diversas vezes. “Descobrimos que ele vivia aqui ilegalmente, sem visto de residência nem de trabalho”, disse o porta-voz.
Interrogatório sobre muçulmanos
“Eles nunca me alertaram”, disse o pastor, que também afirmou que antes da deportação a polícia o interrogara sobre ele estar dirigindo cultos para muçulmanos em sua casa.
Segundo o pastor, a Jordânia vem adotando uma prática de perseguição e deportação de missionários evangélicos ( leia mais).
O embaixador Harvola confirmou as alegações dadas por Hannu, de que ele trabalhava legalmente como pastor quando foi deportado. O visto de um ano de Hannu que permitia que ele trabalhasse como pastor da Igreja Assembléia de Deus fora renovado em setembro de 2007. Não há, segundo ele, um motivo claro para a deportação.
Fonte: Portas Abertas