Um pastor da Assembleia de Deus resolveu vir a público se desculpar por desejar a morte do humorista Paulo Gustavo, notório ativista LGBT que está intubado por complicações da covid-19.
José Olímpio, pastor da Assembleia de Deus em Alagoas, publicou uma nota em que se arrepende por ter dito que orava pela morte do comediante. Sua motivação foi a revolta com um trecho do filme Minha Vida em Marte, em que Paulo Gustavo interpreta um personagem que diz que Jesus iria a um show de Pablo Vittar se fosse vivo atualmente.
O quadro de saúde de Paulo Gustavo é gravíssimo, embora tenha apresentado melhora e recuperação das funções pulmonares, conforme boletim médico divulgado pela assessoria do comediante na última segunda-feira, 19 de abril, segundo o portal G1.
Olímpio foi na contramão da maioria dos cristãos, que se mobilizaram em campanhas de oração, para pedir a Deus pela recuperação do ator. Em uma publicação que suscitou enormes críticas, o líder evangélico disse que não orava por sua melhora.
“Esse é o ator Paulo Gustavo, que alguns estão pedindo oração e reza. E você, vai orar ou rezar? Eu oro para que o dono dele o leve para junto de si”, escreveu o pastor em uma postagem no Instagram, que já foi apagada.
Agora, de acordo com informações do JM Notícia, o pastor José Olímpio se retratou: “Peço desculpa, pois nunca foi intenção do meu coração ferir, ofender ou machucar a nenhum dos ofendidos (que são aos milhares), a começar do ator Paulo Gustavo, que foi atingindo diretamente, passando por seus familiares, amigos, admiradores e muitos fãs, pois o mesmo é uma pessoa querida no mundo artístico”, disse.
No texto, o pastor tentou se justificar dizendo que tentou defender a honra de Deus e que agora entende que Ele não precisa ser defendido por homens: “A minha insensatez foi tentar defender a honra de meu Deus, muitas vezes ultrajada de muitos modos e de muitas maneiras e por muitas pessoas, esquecendo-me eu, de que Deus, o Criador do céu e da terra não precisa de quem defenda a sua honra”.
Olímpio também pediu perdão aos seus familiares, à Convenção das Assembleias de Deus de Alagoas (COMADAL) e também a Deus pelo seu ato, colocando-se à disposição da convenção para, caso seja necessário, prestar esclarecimentos, aceitando de antemão a decisão disciplinar que for tomada.