O controverso pastor americano Terry Jones foi brevemente detido na sexta-feira após um juiz considerar o protesto que ele planejava em frente a uma mesquita como uma ameaça de violência. Jones e seu mais importante seguidor, Wayne Sapp, foram liberados depois de pagar fiança. A igreja do pastor, na Flórida, provocou uma onde de protestos no Afeganistão em março depois de promover a queima de cópias do Alcorão. O livro sagrado do Islã já havia sido queimado na congregação no ano passado.
Inicialmente, Jones havia se recusado a pagar a fiança, alegando que seria uma violação à sua liberdade de expressão. Ele planejava realizar uma manifestação em frente ao Centro Islâmico da América em Dearborn, um subúrbio de Detroit que abriga uma das maiores comunidades muçulmanas dos EUA. No local, cerca de 30 mil pessoas – um terço da população – são de origem islâmica.
Além da fiança, paga simbolicamente para cobrir os custos da segurança policial, o pastor foi proibido de se aproximar da mesquita por três anos. Durante seu julgamento, que durou menos de um dia, Jones disse que escolheu o templo em Dearborn porque seu protesto é contra o “elemento radical do Islã”.
– Tudo que queremos fazer é andar, protestar na área que pertence a você, à cidade – afirmou Jones. – Não estamos acusando esta igreja. Não estamos acusando as pessoas de Dearborn. Não estamos acusando todos os muçulmanos.