A pastora argentina Mabel Gebel realiza um culto nada convencional em um teatro de Buenos Aires. Com um formato de show de talentos, o culto acontece todas as segundas feiras no teatro Moulin Bleu que fica na Avenida Corrientes, principal eixo da vida noturna e boemia da capital argentina.
Segundo o Jornal do Brasil, o culto acontece no segundo andar do teatro, onde à meia luz se juntam par ao culto famílias, crianças, travestis, prostitutas e os garçons que durante toda a noite vendem vinho, uísque, cerveja e pizza. E antes do início uma ajudante passa distribuindo folhetos entre as mesas com as informações sobre o culto, que é chamado “Predicando entre Plumas y Strass”.
A ideia desse inusitado culto veio do pastor Diego Gebel há seis anos e desde seu falecimento, no ano passado, sua viúva Mabel Gebel assumiu a condução do culto.
“Deus ama a todos sem distinção e por isso ela discorda dos evangélicos que têm preconceito contra travestis, prostitutas e homossexuais. No “Predicando entre Plumas y Strass”, entra quem quer, se apresenta quem quer” explica Gebel ao iniciar o culto.
A jornalista Carol Pires participou de um culto no Moulin Bleu e conta que após a abertura dada pela pastora às 22h “Mariana A, uma travesti de vestido longo, entra para fazer um show caribenho acompanhada de dois dançarinos de short curto e sem camisa. Ao longo da apresentação, o vestido é arrancado e ela fica com a bunda à mostra.” diz a jornalista, que conta que “os seios [da travesti] em algum momento também vem a público”.
Uma senhora chamada Juana, contou que assiste ao culto toda semana a seis meses, desde que precisou fazer uma cirurgia no joelho e veio morar em Buenos Aires com o filho que trabalha como ator, visita hospitais infantis da cidade fazendo apresentações circenses e nas segundas-feiras se apresenta no Moulin Bleu.
Entre as apresentações a pastora Mabel para pregar. No discurso mais longo da noite ela contou a história de Davi e Golias. Depois anunciou que mais tarde iria levar a palavra do Senhor a um cabaré.
Carol Pires relata que uma das filhas da pastora cantou uma música evangélica e outra filha fez um esquete de humor com um homem que, era o porteiro do teatro no começo da noite. Ela conta também que outras travestis se apresentam durante a noite e que em todas as apresentações terminam seminuas.
Fonte: Gospel+