Escultura foi fortemente criticada. Inauguração em Abril foi cancelada.
Uma escultura de Jesus Cristo em chocolate, que irritou os católicos e levou a cancelar a sua inauguração em Abril, retorna em 27 de Outubro a uma galeria de arte de Nova Iorque, disse esta quarta-feira o seu criador.
Desta vez, Cosimo Cavallaro, o artista de “Meu Doce Senhor” feito em chocolate de leite espera que a mostra ao público decorra sem problemas. “Não há nada de ofensivo nisto”, disse Cavallaro. “Se as minhas intenções fossem ofender, se eu tivesse feito algo errado, não estaria fazendo isto. Mas não fiz nada de mal”.
Cavallaro, que recebeu três ameaças de morte antes da exibição de Abril ter sido cancelada, disse que a maioria de suas correspondências apoiava a sua obra de dois metros de altura. “Recebi muitas correspondências positivas de pessoas na Igreja Católica, pessoas que estudam teologia, pessoas dos mosteiros”, disse Cavallaro.
O último evento foi criticado pelo seu “iming” e localização. A exposição, numa galeria visível aos transeuntes numa rua de Manhattan, devia abrir um dia depois do Domingo de Ramos e quatro dias antes de os cristãos assinalarem a crucificação de Cristo na Sexta-Feira Santa.
A Liga Católica, que liderou os protestos contra “Meu Doce Senhor” disse que as alterações ao local da exposição e à data da inauguração eram suficientes para não apelar para um novo encerramento.
“Nós não aprovamos a obra mas não é por isso que iremos protestar”, disse Kiera McCaffrey, a diretora de comunicação da Liga salientando o fato de não estar em exibição na Semana Santa.
O Cristo de Cavallaro tem os braços abertos, apesar de pendurado numa cruz invisível. Ao contrário das descrições tradicionais de Cristo, o Jesus de Cavallaro não tem o pano cobrindo-lhe os rins.
A escultura é atualmente uma nova versão do “Meu Doce Senhor” criado com 91 quilos de chocolate durante três dias. A versão original está guardada num armazém de Brooklyn onde os ratos mordiscaram as suas mãos, orelhas, nariz e pés, forçando Cavallaro a remodelar a escultura.
Fonte: Portugal Diário