Na madrugada do dia 25 de dezembro, rebeldes do grupo Tigres de Liberação do Eelam Tâmil atiraram uma granada em policiais que protegiam uma igreja no noroeste do Sri Lanka, na qual centenas de cristãos faziam um culto de natal. Segundo as forças armadas, a granada matou um polícia e feriu outros três.
O Centro de Mídia para a Segurança Nacional, do governo, disse que um dos feridos estava em estado grave.
Segundo um funcionário do centro, o incidente aconteceu por volta das 1h45, na cidade de Mannar, enquanto cerca de 500 pessoas participavam de um culto noturno. O funcionário não pode ser identificado devido às regras militares.
Ele acusou os agressores de provocarem as forças de segurança, querendo que elas revidassem abrindo fogo. Isso poderia ter resultado na morte de civis. O delegado disse que a polícia não revidou.
Horas antes, um posto de segurança formado pela polícia e pelo exército foi atacado por granada também, na cidade de Mannar, disse o funcionário do centro de mídia. Ninguém ficou ferido.
Os telefonemas feitos à base dos rebeldes na cidade de Kilinochchi, no norte, não são atendidos.
A guerra civil do Sri Lanka, que durou duas décadas, terminou em 2002, quando a Noruega negociou um cessar-fogo. Mas a trégua está sendo ameaçada pela violência, que aumenta a cada dia. Neste ano, mais de 3.500 combatentes e civis foram mortos por causa da violência, afirma o Ministério da Defesa.
Os tigres tamis dizem que lutam para criar uma pátria separada para a etnia tâmil que possui 3,1 milhões de pessoas no país. Eles acusam a maioria cingalesa de discriminação.
Tradução: Daila Fanny
Fonte: www.portasabertas.org.br