Criar robôs com sentimentos é o próximo passo de um grupo de cientistas europeus. Estudiosos da Universidade de Hertfordshire querem desenvolver máquinas capazes de interagir emocionalmente com seres humanos.
A pesquisa, desenvolvida pelo Feelix Growing (formado por seis países, porém liderado pelos britânicos), envolve 2,3 milhões de euros e deve durar três anos. A co-coordenadora do projeto e pesquisadora da Universidade de Hertfordshire, Lola Canamero, explicou que o intuito é construir robôs capazes de aprender com os humanos e responder de formas emocionais e socialmente adequadas.
De acordo com a agência de notícias BBC Brasil, o projeto envolve a construção de robôs que possam receber impulsos sensoriais de humanos, interagir com eles e se comportar adequadamente. Segundo o trabalho, os robôs vão aprender com a convivência com pessoas, isto é, agirão conforme o incentivo dos humanos.
Os autômatos demonstrarão emoções como raiva, alegria e solidão. “É muito importante detectar quando a pessoa está triste e o robô precisa animá-la. O foco é nas emoções relevantes, para que essas máquinas possam ajudar os humanos em seu dia-a-dia”, disse Canamero.
Os robôs receberão as informações dos humanos por meio de câmeras de visão simples, áudio, sensores de contato e outros equipamentos que permitem o funcionamento dos autômatos mesmo quando pessoas estejam longe dele.
“Uma das ferramentas para detectar expressões em faces e padrões de movimento é uma rede neural artificial. Pretendemos detectar as emoções através da proximidade física entre humanos e robôs, e a freqüência desse contato”, completou a pesquisadora.
Fonte: Elnet