O sertão nordestino, considerado um das áreas mais áridas para o trabalho missionário cristão, será o palco para o Congresso nacional de Evangelização do Sertão Nordestino, organizado pela Missão Antioquia, que pretende reunir cerca de 1000 líderes de diversas denominações para discutir sobre os desafios de implantar igrejas evangélicas em meio ao panorama sócio-econômico atual da região.
O lugar escolhido para sediar os congressos foi Juazeiro do Norte, que fica geograficamente no coração do sertão nordestino, apontado como a capital espiritual da idolatria, do sincretismo religioso e da superstição, centrada na figura do Padre Cícero.
A esperança do pastor Jonathan, um dos líderes do projeto é que “a região menos evangelizada do Brasil poderá tornar-se, a região mais evangelizada”.
Os nove estados da região nordestina podem ser classificados em uma área mais desenvolvidas, que engloba a faixa litorânea, as praias e os shoppings, que é culturalmente e economicamente mais avançada. Já o Nordeste pouco desenvolvido engloba o interior dos estados de Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, onde ainda há muitas pessoas vivendo abaixo da linha de pobreza, analfabetismo e em meio à superstição.
A região Nordeste reúne em torno de 53 milhões de habitantes e o percentual de evangélicos está em torno de 4%. Algumas cidades chegam a ter apenas 1% de cristãos e muitos povoados não possuem sequer uma igreja evangélica.
Um número que explica bem a situação na região é que das 485 cidades brasileiras com menos de 3% de evangélicos, 343 estão no Sertão Nordestino.
De acordo com a apresentação no site, o Congresso Nacional de Evangelização deverá ser o marco inicial do Movimento Nacional de Evangelização do Sertão Nordestino. Este movimento pretende implantar 100 mil igrejas em dez anos na região, contando para isso com a parceria de diversas denominações, missões e igrejas locais.
Segundo o pastor Jonathan, o Congresso e o Movimento Nacional de Evangelização do Sertão Nordestino poderão se tornar uma forte motivação para um grande despertamento de missões. “A ênfase forte em missões nacionais poderá transbordar para missões mundiais. O Brasil poderá ser o celeiro de missões para muitas nações”, diz a apresentação do projeto.
Fonte: The Christian Post