“Podemos salvar mais uma vida” foram as últimas palavras da Irmã Anne, da Congregação das Irmãs Nardini, dirigidas a uma outra religiosa antes de voltar a entrar num edifício em chamas que acolhia os doentes terminais de HIV, na África do Sul.
No primeiro andar havia ainda outros três doentes acamados. Esta religiosa conseguiu escapar segundos antes de o telhado se incendiar e desabar, matando os doentes e a Irmã Anne. Antes disso, tinham conseguido retirar cinco doentes.
Irmã Anne trabalhava há dois anos na Missão de Maria Ratschitz, perto de Dundee, sede da diocese, tinha de 35 anos de idade, tinha trabalhado na pastoral vocacional e ultimamente tinha a seu cargo a formação das postulantes.
O edifício que servia de centro médico para os doentes terminais da AIDS tinha sido restaurado nos anos 90.
As Irmãs Nardini fizeram dele o centro de apoio aos doentes de HIV, instalando aí um hospício que tem ajudado um elevando número de doentes.
“O nosso programa de apoio aos doentes de Sida vai continuar” garante a Irmã Irmingard, encarregada do programa, “mas o incêndio e destruição do edifício representa uma grande barreira para os doentes que necessitam de cuidados constantes e continuados”. E conclui: “A Irmã Anne é uma verdadeira heroína, estou certa de que vale a pena morrer tentando salvar uma vida”.
Fonte: Canção Nova