Messias Junior, “correspondente” do .Gospel, foi ao show do Delirious? em BH e fez uma resenha do show. Leia abaixo a descrição feita por ele:
Um dia após o show do Delirious? em Belo Horizonte, a cidade parece reagir em silêncio à saudade que a banda deixou, após momentos inesquecíveis durante as quase 3 horas de singular e intensa adoração conduzida pelo conjunto Britânico.
Ainda era tarde em BH, quando os os portões da Lagoinha começaram a sentir a pressão das pessoas chegando de diversos lugares, para não perderem a chance de ter uma d:experience, que já estava sendo aguardada há muito pelos mineiros. Dos cinco shows que a banda agendou para compor a turnê brasileira, Belo Horizonte foi o único com entrada-franca. No entanto a benção vinha com algumas restrições: havia separação entre as pessoas ‘mais eleitas’, que ganharam pulseirinhas de identificação para ocuparem os lugares no piso inferior do templo da Lagoinha. Os primeiros lugares estavam reservados para a imprensa (Canal Super), líderes e pessoas de destaque da Lagoinha e, inevitavelmente, parentes e amigos, que mesmo não estando ali com veemente admiração pelo Delirious?, tiveram a oportunidade de conferir o show bem de perto. O pessoal menos afortunado e que não conseguiu uma pulseirinha antes da abertura dos portões, deveria ocupar os 2 pisos superiores, ficando portanto, um pouco mais afastados do palco preparado para o show.
A entrada da imprensa em geral estava vedada, mas eu consegui entrar com a colaboração de uma amiga minha da Equipe de Apoio da IBL. Neste momento, já havia pessoas no interior do templo, aguardando ansiosos pelo show e a banda já estava providenciando os ajustes finais do palco e em seguida passariam o som. Antes da passagem de som, consegui conversar por 15 minutos com o Jon Thatcher, baixista da banda, super simpático e talvez tímido, mas que curiosamente, logo que me viu, disse: “Hello”!, como se já me conhecesse (?). Conversamos sobre o show, sobre a cidade, ele ficou impressionado com a região onde se encontra a IBL, estávamos na parte externa do templo, que dá vista para o centro da cidade, Serra do Curral e a Favela vizinha. Jon ficou feliz ao saber que eu representava o The Mission Bell Project no Brasil, no www.myspace.com/themissionbell e sorriu, ao ver que eu tinha 2 encartes do cd que ganhei logo que me uni ao projeto no MySpace, um sem autógrafo e outro com os autógrafos. Ele perguntou qual a minha faixa preferida e eu disse que era a ‘Now is the time’. Falamos também sobre a música ‘Waiting for the Summer’ e ele autografou o meu single desta música. Aproveitei a oportunidade para perguntar sobre o projeto ‘Champions of HOPE HIV’, do qual fazem parte, que é um projeto similar ao iniciado pelo Jars of Clay, ‘Blood:Water Mission’, que provê assistência às pessoas na África que sofrem com a epidemia de AIDS naquele pais, assim ele disse, verifiquem o site www.hopehiv.org, para mais detalhes. Nosso tempo acabou, pois a banda precisava se preparar para a passagem de som. Assim que terminaram, os portões foram liberados e as pessoas começaram a ocupar os lugares dentro do templo, foi um momento tenso, muita gente estava de fora tentando entrar, a produção organizou as entradas, acalmando o pessoal. Por volta das 19h o evento começou, houve algumas considerações iniciais e finalmente a banda foi convidada a entrar e foram recebidos com muitos aplausos e um som estrondoso, recepção calorosa, típica dos brasileiros, que já havia impressionado a banda, desde o show no Rio de Janeiro e, conforme depoimentos de fãs que estiveram no show do Rio, eles ficaram impressionados com a energia do povo brasileiro (concordamos), sendo possível não apenas surfar, mas caminhar sobre a galera! Que bom, pois como ele mesmo disse no show da IBL, eles gostaram tanto do Brasil, que vão querer voltar muito em breve.
Quem conhece o templo da Lagoinha, sabe que há uma plataforma redonda bem no centro, conhecida como ‘bolo’, lugar onde a bateria do Stew foi instalada. Martin ficou ao meio, no piso próximo do primeiro banco, Jon à sua esquerda, Stu à sua direita e o Tim, com seu teclado instalado na plataforma ao lado direito do bolo. A direção de palco caprichou na iluminação, com vários canhões de luz, partindo de vários pontos do templo. Havia um telão com exibição de vídeos próprios da banda e um telão com imagens simultâneas do show. Havia telões também na tenda do templo e nas áreas externas da igreja. As letras das músicas foram exibidas no painel eletrônico da igreja e nos vídeos da banda. O show começou e a primeira música tocada foi ‘Rain down’, ótima escolha para abrir o show, que não demorou muito, todos já estavam super empolgados e cantando o coro juntamente com a banda. Na seqüência Martin trouxe com um vocal super consciente, ‘God in Heaven’ e uma expressão sempre tranqüila em seu rosto. Ele apresentou a banda e todos aplaudiam, quando Martin introduziu um clássico da banda, ‘Mountains Tremble’ e o volume aumentou, pois a igreja em peso estava cantando junto com ele. Este foi um momento muito especial, Martin pediu a todos que erguessem suas mãos e trouxe uma mensagem do Antigo Testamento, sobre os jovens que cantariam louvores ao Senhor e sua adoração seria ouvida em Jerusalém e ao redor de Jerusalém e que ainda que o louvor e a adoração ali, ontem a noite, não saísse daquelas paredes, Deus ouvia aquele som; ele clamou pela unção e então prosseguiu cantando um trecho que diz: “we’re gonna dance in the river (dançaremos no rio) e finalizou com a igreja toda cantando ainda mais intenso agora. ‘Solid Rock’ aumentou novamente o barulho dentro do templo e levantou todo mundo e a banda respondia emocionada ao “delírio”do pessoal. Um dos momentos mais lindos foi em ‘Now is the time’. Martin volta e meia falava algumas frases pre-ensaiadas em Português, que ele deixou escritas em um papel, que ficava colado no chão. Nesta canção ele disse Jesus em Português, pegou a Bíblia e leu um trecho em Êxodo (se não me engano) e terminou a mensagem falando sobre a liberdade que temos em Jesus e como nada pode nos separar do amor de Deus. Neste momento o Jon me viu e acenou para mim sorrindo. Era quase impossível alguém não me notar, eu estava muito empolgado.
Após a mensagem, Martin começou ‘Our God Reigns’ sussurrando e no refrão, muitas vozes cantavam junto com ele. Foi um momento de profunda adoração, quando Martin disse em Português: “Jesus, te amamos!”. Ao terminar esta música, eu disse em voz alta: ‘we want to fly higher … we want to go deeper’, que foi minha tentativa sem sucesso de ouvir na seqüência, a música Deeper, mas não era o melhor momento para pedir uma próxima música. Martin continuou intenso em adoração e então disse: ‘do not let me stop you … let us pray (não me deixem impedir-lhes de adorar … vamos orar’, era um momento individual entre cada pessoa e Deus e Martin conduzia o povo à adoração e logo depois, começou a cantar mais um clássico, ‘I could sing’, em Espanhol e em Português, depois apenas em inglês, quando todos cantaram junto com ele como um grande coral, porém nesta música, ele apenas cantou o refrão e partiu para a próxima música, ‘Obssession’, linda, romântica, perfeita para continuar no mesmo sentimento iniciado em ‘Our God Reigns’. Uma das mais pedidas seria a próxima música, ‘History Maker’ e com ela, imagens no telão de pessoas, representando aqueles que Deus levantou para marcarem a nossa história. Todos cantavam com a banda mais este clássico maravilhoso e acompanhavam com palmas no refrão, quando o sentimento que tomava os nossos corações começou a ficar ainda mais profundo e a banda estava mergulhada em adoração. Nesta hora o Martin interrompeu para comentar que nunca havia tido a experiência que teve ao cantar esta música como foi ontem, vendo a forma como todos estavam cantando
e disse ter entendido como é necessário que Deus em primeiro lugar, coloque em nossos corações o desejo de sermos ‘History Makers’, pessoas que marcam a história e então citou o Salmo 24. Nesta hora uma grande unção tomava o templo. Martin declarou acreditar nesta geração de adoradores e que é preciso termos mãos limpas e coração puro diante de Deus, para marcarmos esta geração.
Foi interessante quando ele citou ainda que aqueles que fossem casados, que permanecessem casados e recomendou a todos que fossem generosos com o dinheiro que possuem, reconhecendo que o que temos aqui não nos pertence, mas que é para ser usado por um propósito que vem do coração de Deus. Disse ainda que Deus não errou quando nos fez e que existimos com um propósito, uma razão divina, que Deus tem algo preparado para cada um de nós, que somente poderá ser cumprido especificamente na vida de cada um; ele terminou a mensagem pedindo a Deus para derramar sua unção sobre as pessoas e continuou adorando dizendo: “Holy is the Lord (Santo é o Senhor)”. Depois cantou ‘Paint the town red’, animando todos com esta faixa super agitada do novo álbum e com imagens no telão super bem criadas, da cidade sendo toda transformada na cor vermelha. As luzes então se apagaram e todos ligaram os seus celulares, os três pisos do templo lotados de luzinhas por toda parte, enquanto ‘Miracle Maker’ aquecia os corações com sua melodia, e Martin cantava “You are Holy … (Tu és Santo)” e o telão exibia a palavra “SANTO” em vários idiomas (muitos mesmo), durante um longo período, até acabar a música e começar ‘Majesty’, outra música que parecia um coral cantando com a banda e que novamente, era nítida a presença de Deus naquele momento, entronizado em sua Majestade e quando só nos restava mesmo, reconhecer que Deus nos ama exatamente como somos.
Foi com este sentimento que ele encerrou o show, cantando o refrão de ‘Our God reigns’ … a banda foi para o backstage e as pessoas começaram a gritar “Mais um … mais um …” e eles voltaram, para o encore de mais duas músicas. Martin Smith voltou com a camisa da seleção brasileira sobreposta sobre sua camisa social e o povo novamente delirou, quando ele começou a cantar uma de suas músicas mais lindas ‘My Glorious’ e novamente o povo não se conteve e cantou a música inteira com a banda, tanto que na segunda estrofe, o Martin esquece de cantar a primeira linha … o que não foi motivo para o pessoal não cantar “clouds are …” e ele emendou na segunda linha … finalizando a música, ele agradeceu a todos em Português e disse que foi um dos melhores shows que eles já fizeram em toda a carreira da banda! Quando se ouvia algumas pessoas pedindo ‘Investigate’, a banda começou a tocar esta música, perfeita para encerrar o show, todos cantaram juntamente e ao meio, o Martin perguntou: “People do you want fire? (Pessoal, você querem o fogo?)” e todos respondem com estrondoso som e as luzes mudaram para cores quentes, vermelho, laranja e amarelo e o palco parecia estar literalmente tomado de fogo! Enquanto a música continuava num poderoso concerto instrumental. Neste momento Martin tomou em suas mãos 3 velas e as acendeu, ajoelhado, e cantou alguns versos, que no setlist que eu peguei, mencionava ‘T I A Light’, que diz:
“He is the Light that shines in the Darkness …”
(Ele é a Luz que brilha na escuridão) …
“His name is Jesus, the Light of the World …”
(Seu nome é Jesus, a Luz do Mundo …)
Ele repetiu estes versos 3 vezes, entregou as velas uma a uma a 3 pessoas aleatoriamente, que estavam nos primeiros bancos e a banda saiu pela segunda vez, ficando apenas uma gravação de passagens bíblicas, em inglês. As luzes do templo se acenderam e o evento terminou.
A banda não se dispôs a dar entrevistas à imprensa, portanto se retiraram para uma sala vip que fica atrás do palco e dali, deixaram o local desapercebidos. Houve ainda bastante movimento, até que as pessoas começaram a deixar o templo e o Canal Super pegou alguns depoimentos de pessoas da mídia cristã, que estavam no local, com transmissão ao vivo.
Esta foi uma experiência ímpar para qualquer pessoa que estava presente, sejam fãs ou apenas pessoas curiosas por saber quem era a banda de que tanto falavam, preparados ou não, todos podem hoje declarar como se surpreenderam com o que aconteceu ali, marcando a história de Belo Horizonte, que muito comumente é conhecida como referência para as outras cidades no Brasil, nesta área do louvor e adoração.
O show será exibido completo pelo Canal Super 21 da IBL, no dia 1 de Outubro, às 19h.
Fonte: DotGospel