A pastora Sarah Sheeva, idealizadora do Culto das Princesas e mentora do Culto dos Príncipes tornou-se um dos assuntos mais comentados no Twitter ontem, 29/08.
Sheeva escreveu uma publicação no microblog falando sobre experiências espirituais e complementou com uma transcrição do que seriam “línguas estranhas”, um dos dons do Espírito Santo.
Em sua publicação, a pastora diz que “quem está sempre cheio do Espírito Santo, está sempre pronto pra tudo” e complementa: “Por isso encha-se dEle: chacataramaralarabasharalabacantaramalarabah”.
A publicação foi acompanhada de uma série de divagações sobre dons do Espírito Santo e batalha espiritual
-É sério: porque o diabo fica endemoniado quando a gente ora em línguas? Porque ele não entende que o Espírito Santo está intercedendo por nós! Ele fica com raiva porque não pode entender o que o Espírito está orando por nós, e assim ele (o diabo) não pode interferir na oração. O problema é dele, né? Por isso ore em línguas, é para a tua edificação pessoal, e ela faz parte da Armadura descrita em Efésios 6, Paz!
A expressão “diabo endemoniado” ficou entre os assuntos mais comentados no Twitter, com boa parte das menções ao assunto em tom de zombaria. Um de seus seguidores que reprovaram as publicações de Sarah Sheeva disse: “Ela acabou de cair no meu conceito”. Um de seus amigos na rede social respondeu: “Os outros tweets foram os piores, ela tentou explicar e acabou se afundando mais, “O diabo fica endemoniado” pelo amor né?”.
Em I Coríntios, nos capítulos 12 a 14, o apóstolo Paulo fala sobre as manifestações do Espírito Santo e orienta aos cristãos sobre a melhor utilização em comunidade de seus dons. No capítulo 14, o apóstolo fala com objetividade sobre o uso do dom de línguas.
(1) Sigam o caminho do amor e busquem com dedicação os dons espirituais, principalmente o dom de profecia. (2) Pois quem fala em língua não fala aos homens, mas a Deus. De fato, ninguém o entende; em espírito fala mistérios. (3)Mas quem profetiza o faz para a edificação, encorajamento e consolação dos homens. (4) Quem fala em língua a si mesmo se edifica, mas quem profetiza edifica a igreja. (5) Gostaria que todos vocês falassem em línguas, mas prefiro que profetizem. Quem profetiza é maior do que aquele que fala em línguas, a não ser que as interprete, para que a igreja seja edificada. (6) Agora, irmãos, se eu for visitá-los e falar em línguas, em que lhes serei útil, a não ser que lhes leve alguma revelação, ou conhecimento, ou profecia, ou doutrina? (7) Até no caso de coisas inanimadas que produzem sons, tais como a flauta ou a cítara, como alguém reconhecerá o que está sendo tocado, se os sons não forem distintos? (8) Além disso, se a trombeta não emitir um som claro, quem se preparará para a batalha? (9) Assim acontece com vocês. Se não proferirem palavras compreensíveis com a língua, como alguém saberá o que está sendo dito? Vocês estarão simplesmente falando ao ar. (10) Sem dúvida, há diversos idiomas no mundo; todavia, nenhum deles é sem sentido. (11) Portanto, se eu não entender o significado do que alguém está falando, serei estrangeiro para quem fala, e ele, estrangeiro para mim. (12) Assim acontece com vocês. Visto que estão ansiosos por terem dons espirituais, procurem crescer naqueles que trazem a edificação para a igreja. (13) Por isso, quem fala em língua, ore para que a possa interpretar. (14) Pois, se oro em língua, meu espírito ora, mas a minha mente fica infrutífera. (15) Então, que farei? Orarei com o espírito, mas também orarei com o entendimento; cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento. (16) Se você estiver louvando a Deus em espírito, como poderá aquele que está entre os não instruídos dizer o “Amém” à sua ação de graças, visto que não sabe o que você está dizendo? (17) Pode ser que você esteja dando graças muito bem, mas o outro não é edificado. (18) Dou graças a Deus por falar em línguas mais do que todos vocês. (19) Todavia, na igreja prefiro falar cinco palavras compreensíveis para instruir os outros a falar dez mil palavras em língua. – 1 Coríntios 14:1-19
Após a repercussão, Sarah Sheeva publicou uma resposta aos que discordavam dela em seu perfil no Facebook: “Me mostre a tua teologia religiosa, que eu te mostro a mudança das minhas vontades. Não desmerecendo a teologia, é claro que ela tem o seu valor, mas de nada adianta ela se não houver mudança nas tuas vontades. Porque a letra pode ‘matar’ uma pessoa, mas o Espírito sempre vivifica! (2 Cor 3.6)”.
Redação Gospel+