O senador Magno Malta (PR-ES) comemora a eleição de Dilma Rousseff para a Presidência da República mas lamenta que a crença dos candidatos tenha sido utilizada na campanha eleitoral. O senador criticou as manifestações de grupos religiosas que tentaram influir na eleição com argumentos preconceituosos.
– Nós estamos num país laico, há que se respeitar todos. A Constituição brasileira diz que eu tenho que respeitar o hinduísta, o budista, o católico, o ateu, aquele que professa fé afro. Mas eu também preciso ser respeitado. Um homem público não pode ser votado pela fé que ele professa, mas pelo seu passado, pelo seu presente e por aquilo que ele propõe para a sociedade brasileira – disse.
Magno Malta afirmou ter sido também vítima de preconceito oriundo de grupos católicos. Segundo ele, bispos capixabas elaboraram documento – que era lido nas igrejas – pedindo que não se votassem na sua reeleição. “Será uma discriminação por causa da minha religião?”, questionou.
Na avaliação do senador, a presidente eleita foi vítima da mesma violência.
– Escolheram alguns pontos e começaram a atacar essa mulher. Os e-mails viraram a vedete dessa eleição. O ataque à honra das pessoas, e-mail que ninguém assina, que não se sabe a origem – disse.
Sobre a formação do futuro governo Dilma, Magno Malta pregou a união dos partidos que participaram da campanha petista, sem privilégios.
– Há uma coalizão para se ganhar uma eleição para governar juntos, e não se entende que depois isso [a participação] seja medida pelo tamanho que tem do ponto de vista de filiados – afirmou.
Fonte: ABNNews / Gospel+