Diante do atual renascimento da religião como fenômeno global, as sociedades seculares enfrentam o desafio de definir até onde símbolos religiosos podem estar presentes na vida pública.
Na parede da sala de Stefan Muckel, professor de Direito Canônico da Universidade de Colônia, está dependurado um crucifixo de metal, em frente a uma foto do papa Bento 16. Isso não é problema no ambiente acadêmico, garante o professor, pois cada um pode escolher, como quer, a decoração do próprio escritório.
E dependurar o crucifixo nas salas de aula, é possível? Não, revida Muckel, pois isso causaria provavelmente um “problema em relação à neutralidade”. Ou seja, em determinados espaços públicos, como um tribunal ou uma sala de aula, é necessário manter, neste sentido, uma posição “neutra”. Nestes lugares, não se deve passar a impressão de que se tem predileção por alguma religião especificamente.
Fonte: Folha Online