O grupo talibã que mantém 21 sul-coreanos seqüestrados há duas semanas no leste do Afeganistão aceitou manter um encontro frente a frente com uma delegação de Seul, informou hoje um porta-voz dos insurgentes.
Mohammed Yousif Ahmadi, porta-voz da milícia, disse por telefone que o grupo insurgente aceitou se reunir com os representantes do Governo de Seul, liderados pelo embaixador da Coréia do Sul em Cabul, mas disse que não é “possível” que estes vejam aos reféns.
Os seqüestradores já deram o sinal verde a este diálogo direto, mas ainda resta estabelecer o local e o momento em que acontecerá, acrescentou Ahmadi, que detalhou que os radicais não entraram em contato hoje com a delegação afegã.
Shirin Mangal, porta-voz do Governo de Ghazni – província onde os sul-coreanos foram seqüestrados -, confirmou que ambas as partes decidiram se reunir pessoalmente, mas não deu mais detalhes.
Os sul-coreanos, todos eles voluntários cristãos, foram capturados em 19 de julho, em Ghazni, quando viajavam da cidade de Kandahar a Cabul.
Na semana passada, os seqüestradores executaram o líder do grupo, o pastor protestante Bae Hyung-kyu, e na terça-feira passada mataram um segundo refém, Shing Sun-min, que disseram ter assassinado porque o Governo de Cabul não tinha respondido “positivamente” a suas exigências.
O grupo talibã exige que Cabul aceite libertar vários presos insurgentes em troca da libertação dos 21 reféns sul-coreanos que estão vivos.
O Governo afegão, que mantém uma delegação para negociar com os seqüestradores, afirmou que fará tudo o possível para conseguir a libertação dos reféns, mas sempre dentro dos limites das “leis e da Constituição” do Afeganistão.
Fonte: Último Segundo