Irritado com o culto que era realizado na Igreja Assembléia de Deus, ao lado do prédio em que mora, o taxista Celso Souza Tavares, 45 anos, disparou pelo menos seis tiros contra o telhado do templo
O fato aconteceu na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro, na noite deste domingo.
Houve pânico entre os cerca de 15 fiéis que iniciavam a cerimônia religiosa. Os tiros atravessaram as telhas e atingiram a sala onde deveriam estar reunidas as crianças. O culto ainda estava começando e não havia nenhuma criança na sala atingida.
A briga do taxista contra a igreja, que vai fazer dois anos no local, é antiga, segundo Ueldon Brito de Souza, 30 anos, mas esse foi o capítulo mais violento. “Ele botava cola no cadeado que tranca a porta, já jogou coisas no telhado e até soltou fogos dentro do templo. Mas isso é o diabo que toma conta dele e o obriga a fazer essas coisas”, declarou Ueldon.
Após os disparos, os crentes acionaram a polícia, que deteve o taxista em casa. Ele foi levado para a 21ª DP (Bonsucesso) que funcionava como central de flagrantes e ficou detido por porte ilegal de arma. O revólver calibre 38, com seis cápsulas deflagradas, foi apreendido.
Durante a madrugada, Celso foi levado para a 38ª DP (Ilha do Governador), de onde seguiria para a Polinter. O advogado do taxista, que não quis se identificar, disse que entraria com pedido de liberdade provisória pela manhã.
Ele contou que seu cliente perdeu o controle porque os cultos ultrapassam os limites do tolerável e perturbam a paz dos moradores, pois as cerimônias avançam pela madrugada, com muito barulho. “Meu cliente tinha que acordar às 4h para trabalhar e não conseguia dormir por causa do som. Ele é a favor da liberdade religiosa, mas a lei do silêncio e os limites de barulho também têm que ser respeitados”, disse.
Fonte: Cinform Online