Uma psicoterapeuta cristã poderá ser cassada e proibida de exercer sua profissão depois que um tribunal declarou na semana passada que os esforços dela para ajudar homossexuais a deixar o “estilo de vida gay” eram “irresponsáveis”
A Associação Britânica de Aconselhamento e Psicoterapia (ABAP) condenou Lesley Pilkington por negligência profissional depois que ela deixou suas “opiniões pessoais preconcebidas sobre o estilo de vida gay e a orientação sexual… afetarem seu relacionamento profissional de um jeito que era prejudicial”.
A justificativa contra Pilkington foi uma operação secreta conduzida pelo jornalista e ativista homossexual Patrick Strudwick, que recorreu a ela em 2009 pedindo ajuda para vencer sua atração de mesmo sexo. Strudwick estava gravando secretamente as conversações em suas sessões de terapia e usou as gravações para dar parte de Pilkington na ABAP.
Embora as decisões do tribunal devessem ter caráter confidencial, Strudwick publicou resumos no jornal Guardian. Em resposta, o Centro de Defesa Cristã publicou outros resumos, entre os quais estava o comentário da ABAP de que Strudwick havia “de modo significativo enganado [Pilkington], levando-a a acreditar que ele estava se sentindo bem e aceitando o modo dela tratá-lo” e que ele havia “manipulado o conteúdo das sessões de modo considerável a fim de atender à sua própria agenda”.
Apesar disso, a ABAP condenou Pilkington de negligência profissional por ter estendido as sessões com Strudwick durante as horas designadas e por não aconselhar Strudwick depois que ela havia se encontrado com o marido dela enquanto o jornalista gay estava do lado de fora do consultório.
O veredicto declarou que Pilkington será suspensa como membro da ABAP e que o registro profissional dela será cassado se ela não se submeter a um treinamento.
Strudwick publicou uma transcrição de seu encontro com Pilkington no jornal Independent em fevereiro de 2010. Em seu artigo no Guardian desta semana, Strudwick defendeu suas ações, afirmando que ele é um “homem gay assumido e feliz”.
Ele confessa que pediu que Pilkington o ajudasse, dizendo: “Eu pedi que ela me tornasse um homem normal. As tentativas dela de fazer isso zombam de todos os grandes órgãos de saúde mental da Inglaterra”.
Pilkington está recorrendo da decisão e defende a “terapia reparativa”, dizendo: “Estou profundamente preocupada com o fato de que o relacionamento privilegiado e confidencial entre um conselheiro e seu paciente ficará minado por um jornalista buscando um caso sensacionalista sem nenhuma base”.
“O que o Guardian fez foi abuso. Assim sendo, recomendo agir com moderação”.
Ela acrescentou: “A terapia reparativa é uma terapia válida que muitas pessoas querem e não deveria ser prejudicada por reportagens irresponsáveis. Ainda dá para se recorrer da audiência do tribunal”.
Fonte: Notícias Pró-Família