A família de Emma Gough, a inglesa testemunha de Jeová que faleceu por ter recusado uma transfusão de sangue após ter dado à luz gémeos, acusa o hospital de Shrosphire de não a ter assistido devidamente.
Os argumentos utilizados são que, por ter problemas de anemia, Emma, de 22 anos, poderia ter feito cesariana em vez de parto natural, segundo o jornal Telegraph. O marido, Anthony Gough, de 24 anos, diz mesmo que o hospital poderia ter reciclado o sangue e usá-lo na transfusão, segundo o jornal Sun.
Tudo aconteceu a 25 de Outubro, mas só há dias surgiu nos jornais, levantando um debate em Inglaterra sobre o valor da fé versus o interesse das crianças que Emma deu à luz, um rapaz e uma rapariga.
Quando os gémeos nasceram, a mãe ainda teve tempo de os segurar, mas ficou inconsciente pouco depois, devido a uma hemorragia.
Emma assinara uma declaração antes do parto a dizer que não autorizava uma transfusão de sangue em caso de emergência, devido à sua religião.
Os médicos ainda suplicaram à família, marido incluído, mas estes preferiram deixar Emma morrer. Foi cremada na passada segunda-feira. Ela e Anthony, um engenheiro, tinham casado em 2005 nos Barbados, na presença de familiares e amigos.
Era um sonho que ela tinha e que Anthony fez questão de realizar. O casal, que vivia em Dawley, estava junto desde a adolescência e
Emma não cabia em si de felicidade por ir ser mãe de gémeos. “Estamos a lidar o melhor que podemos com a situação. Vai haver uma investigação e vão ser levantadas questões”, disse Anthony, agora viúvo, pai de duas crianças órfãs de mãe.