Reunião da cúpula artística da Band na semana passada acena para mudanças profundas na grade de programação da casa, especialmente no horário nobre.
Assim como a Record e SBT, a Band também decidiu investir e tentar elevar a qualidade da programação nessa faixa horária. A primeira medida deverá ser a retirada do programa religioso do missionário R.R. Soares do horário nobre.
É consenso que, embora a emissora tenha muito lucro com a venda de horário para a igreja de Soares (vide a fórmula da Record-Universal), sua presença bem às 21h é ruim para a imagem da Band, prejudica a sua imagem editorial.
O fato é que a Band tem um jornalismo de qualidade, vem investindo de forma constante e racional em dramaturgia (ainda sem grande repercussão), acaba de lançar um programa de razoável sucesso comercial e de ibope, o “CQC”, e o programa de Soares se tornou um fardo nesse conjunto.
Por meio de sua assessoria de Comunicação, o Departamento Jurídico da Record informa que os direitos de todo o material produzido pela equipe de Jornalismo pertence à empresa Record, e não aos funcionários. Informa ainda que o programa “Fala que Eu Te Escuto”, embora produzido por uma equipe da Igreja Universal, também pertence à grade de programação da Record e que pode exibir qualquer reportagem.
Sem entender muito o que faz o último parágrafo que fala da Record no meio de uma nota sobre a Band, é de se pensar se realmente a emissora do Morumbi vai perder um dos seus maiores sustentos. O Sr. Missionário Romildo R. Soares investe um bom dinheiro na emissora faz um bom tempo e, mesmo tendo um canal de TV dele (RIT TV), ainda faz questão de seu programa no horário nobre da Band.
Fonte: Café com Alecrim