A Sociedade Internacional dos Direitos Humanos revelou que 80% das agressões que caracterizam perseguição religiosa ao redor do mundo acontecem aos cristãos, mesmo que esse grupo religioso represente apenas 30% da população mundial.
O dado foi revelado na última terça-feira, 05 de dezembro, em Washington, DC (EUA), durante a 3ª Conferência Internacional sobre Liberdade Religiosa, um evento realizado anualmente desde 2014 para abordar questões ligadas à situação dos cristãos no Oriente Médio.
“A liberdade de pensamento e crença estão subjacentes às economias mais inovadoras e vibrantes da história humana”, afirmou o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, segundo informações do World Watch Monitor. “Pelo menos parcialmente, por que é preocupante ver um ressurgimento da perseguição aos cristãos nos últimos anos”, acrescentou.
Durante o evento, outros convidados também comentaram a situação. “É hora de trabalharmos juntos. É uma epidemia que está se espalhando pelo mundo e afeta a todos”, afirmou o bispo Anba Angaelos, da Diocese Ortodoxa Copta de Londres da Igreja Copta Ortodoxa no Reino Unido.
Já o líder da Igreja da Inglaterra, Justin Welby, arcebispo de Canterbury, repetiu sua afirmação feita em novembro, de que era preciso combater a “epidemia” de violência promovida por extremistas contra cristãos.
“Em muitos países do Oriente Médio e África há perseguição aos cristãos, manifestada em matanças em massa, a destruição bárbara de igrejas, a profanação de locais sagrados e a expulsão de milhões de pessoas de suas casas”, diz um trecho de uma declaração assinada pelos participantes do evento.
Em relação à situação no Oriente Médio, os líderes expressaram preocupação com a rápida emigração de cristãos, bem como “formas mais sutis de discriminação, onde a vida é tão difícil que é mais fácil para eles deixar sua antiga pátria do que ficar”.
Mesmo com todo esse cenário, a grande mídia no Brasil, Europa e Estados Unidos prefere dar espaço para os casos isolados de perseguição a muçulmanos, e omitir de suas manchetes o nome da religião quando fanáticos promovem atentados terroristas.