O professor Adauto Lourenço, cientista brasileiro, faleceu nesta quinta-feira, 18 de abril. A causa e circunstâncias da morte ainda não foram esclarecidas.
A notícia do falecimento do professor foi compartilhada pelo pastor Renato Vargens em suas contas nas redes sociais: “Acabei de receber a triste notícia do falecimento do querido Adauto Lourenço. Um grande homem de Deus de nosso tempo. Tivemos conversas muito prazerosas em congressos que tivemos juntos. Que Deus console a família, igreja e amigos”.
Formado em física pela Bob Jones University (EUA), Adauto J. B. Lourenço possuía mestrado em física – matéria condensada com especialização em física de superfície – pela Clemson University (EUA).
Além disso, era teólogo formado pelo Seminário Bíblico Palavra da Vida no Brasil. Ao longo de sua carreira, se dedicou a seminários sobre o tema Criação x Evolução em universidades, instituições de ensino, congressos, convenções e igrejas, tanto no Brasil quanto no exterior.
Franco opositor da teoria do evolucionismo, Lourenço se dedicava a aprofundar os estudos na chamada teoria do design inteligente, que colhe evidências em pesquisas de diversas áreas, incluindo física e química, para conceituar e aprofundar a compreensão de que o universo foi criado.
“É impossível provar cientificamente que Deus existe. Da mesma forma, é impossível provar cientificamente que Deus não existe”, costumava dizer o professor. “A ciência não é contra a Bíblia, mas posicionamentos científicos sim. Ciência é conhecimento. Não é a ciência que não acredita em Deus, são os cientistas que não acreditam em Deus”, acrescentava em suas palestras.
Big Bang
A teoria predileta de muitos defensores da ideia de que o universo surgiu do nada era um dos temas que Adauto Lourenço mais se dedicava a estudar e questionar: “Se o universo tivesse surgido espontaneamente, olhando logo em seu início — estudando objetos a 13 bilhões de anos-luz — veríamos coisas começando a se formar. Mas não é isso o que a ciência tem descoberto”, disse, em um seminário de 2017.
“Uma publicação científica, em 1994, mostrou que as galáxias distantes são surpreendentemente semelhantes em muitos aspectos e suas descendentes consideravelmente mais próximas. Não estamos vendo galáxias nascendo, estamos vendo galáxias morrendo”, explicou.
Nesse contexto, o cientista salientou que o resultado do surgimento a partir do Big Bang deveria mostrar galáxias em estágios menores de organização: “Não deveria haver galáxias maduras no início do universo, mas elas estão lá. Isso significa que o modelo evolucionista está errado. Não estou tratando de religião, isso é publicação científica. O universo em seu início já era completo, complexo e perfeitamente funcional”.