vA situação da Venezuela é cada vez mais preocupante. Apesar da forte pressão internacional e do apoio cada vez maior ao presidente interino do país, Juan Guaidó, partindo da própria população, o ditador socialista Nicolás Maduro ainda mantém o controle das forças armadas e das fronteiras, podendo impedir que alguns recursos humanitários cheguem ao território venezuelano.
Essa possibilidade é uma realidade já constatada, por exemplo, pela Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (Usaid). Ela anunciou no último dia três que está articulando o envio de alimento para os venezuelanos, mas que Nicolás Maduro negou a ajuda, provavelmente por se tratar de uma organização americana.
“Não se pode fazer à Venezuela uma promessa falsa de uma suposta ajuda humanitária”, declarou Maduro em uma emissora de TV venezuelana, insinuando que os recursos são de fachada, apesar de o número de pessoas morrendo de fome no país pela falta de alimento ser real.
“É preciso convocar a Venezuela ao trabalho, à produção, ao crescimento da nossa economia, não somos mendigos de ninguém”, acrescentou o ditador.
Para Vernon Brewer, fundador da organização cristã World Help, a crise humanitária na Venezuela é a maior da atualidade. “A eletricidade é cortada diariamente. Há escassez de comida e remédios. O preço do petróleo está em queda. E para acrescentar, a agitação política deixou a nação em turbulência”, disse ele.
Vernon explicou a razão de Guaidó ter se declarado o presidente interino do país, citando a própria Constituição Venezuelana, segundo informações do Christian Post.
“No ano passado, quando ele [Maduro] foi reeleito, o povo da Venezuela sentiu que era uma eleição ilegítima. Houve fraude. E a Constituição venezuelana afirma que se não houver eleição justa, o chefe da Assembleia Nacional pode assumir como presidente do país. Foi isso que Juan Guiadó fez”, explica Vernon.
Apesar das dificuldades, Vernon disse que a World Help está conseguindo distribuir alimentos no país, e não só isso, está também fornecendo suporte espiritual para a população.
“Nós também provemos a esperança espiritual, sendo as mãos e pés de Jesus e mostrando o amor de Cristo, que é o mais importante para essas pessoas, que estão cercadas de desesperança. Não estamos apenas distribuindo comida para os cristãos, estamos distribuindo comida para todos”, disse ele.