A cidade de Nova York voltou a ser o cenário de um atentado terrorista pouco mais de 16 anos após a tragédia das Torres Gêmeas ceifar a vida de quase três mil pessoas, oficialmente. Um extremista muçulmano, aos gritos de “Alá é Grande”, invadiu uma ciclovia com um caminhão e atropelou várias pessoas, matando oito delas.
O “ato covarde de terror”, na visão do prefeito de Nova York, Bill de Blasio, aconteceu no sul da ilha de Manhattan, na tarde da última terça-feira, 31 de outubro. O incidente aconteceu no começo da noite no horário de Brasília.
No caminhão usado para o atentado, o homem – identificado como Sayfullo Saipov, um homem de 29 anos nascido no Uzbequistão – havia deixado diversos bilhetes escritos em árabe, e em um deles havia uma referência ao Estado Islâmico. No entanto, as autoridades da cidade ainda não confirmam que o grupo extremista seja o responsável pelo incidente.
O terrorista só parou quando o caminhão que usava bateu em um ônibus escolar. Ele desceu do carro, gritando “Allahu Akbar” (“Alá é grande”, em árabe) e exibindo duas armas esportivas, uma de paintball e outra de ar comprimido. A Polícia o deteve com um tiro na barriga e o levou para o hospital, onde foi submetido a uma cirurgia.
De acordo com informações da CNN, das oito vítimas fatais, cinco eram argentinas, uma belga e outros dois norte-americanos. Do total, seis morreram ainda no local, e outras duas morreram a caminho do hospital. Onze feridos estão recebendo atendimento médico e a Polícia acredita que outros feridos podem ter fugido do local por conta própria.
Reação
O presidente Donald Trump afirmou que não é possível assistir aos ataques passivamente, e mandou endurecer os vetos à entrada de estrangeiros nos Estados Unidos. Ele havia tomado essa medida nos primeiros dias de seu mandato, mas a Justiça suspendeu a decisão.
“Acabo de ordenar ao [Departamento de] Segurança Nacional que endureça nosso programa de vetos, que já é extremo. Ser politicamente correto é bom, mas não para isto!”, disse Trump através de sua conta no Twitter. “Não devemos permitir que Estado Islâmico volte, ou entre, em nosso país depois de derrotá-los no Oriente Médio e em outros lugares”, acrescentou.
O presidente uzbeque, Shavkat Mirziyoyev, se prontificou a ajudar nas investigações: “O Uzbequistão está disposto a usar todas as suas forças e recursos para ajudar na investigação sobre este ato terrorista”, afirmou.