As candidaturas dos presidenciáveis Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSDB) provocaram uma divisão entre os bispos e pastores da Assembléia de Deus – maior igreja evangélica do país, com fiéis que somam 8,4 milhões de pessoas, segundo o censo 2000, ou 17 milhões, segundo a própria organização.
Ontem, a campanha do presidente Lula comunicou que recebeu declarações de apoio do Conselho Nacional de Pastores do Brasil e da Conamad (Convenção Nacional das Assembléias de Deus – Ministério Madureira), uma das divisões da Assembléia.
O outro ramo da igreja, a Convenção Geral das Assembléias de Deus no Brasil, que reúne o maior número de fiéis, já declarou apoio à candidatura de Alckmin, no final de agosto, com a justificativa do envolvimento do PT com escândalos de corrupção.
RIGOR
“O governo tem apurado com rigor todos os escândalos que vêm sendo denunciados e divulgados”, escreveu o bispo Manoel Ferreira, presidente do Conselho dos Pastores e da Conamad, na declaração de apoio ao presidente Lula.
Ainda de acordo com o bispo, Lula tem “total capacidade e idoneidade política e moral para conduzir o Brasil nas fundamentais reformas políticas, sociais, econômicas que emergem de sentimentos dos mais diversos setores da sociedade civil organizada”.
De acordo com a campanha do presidente, o bispo entregou ontem a Lula as manifestações de apoio, em que defendem a reeleição ainda no primeiro turno para permitir “ao governo sair fortalecido, livre de pressões em contrário e com capacidade de realizar e ampliar as transformações que a sociedade exige, através de um amplo pacto social”.
Fonte: Diário de Cuiabá