Andressa Urach decidiu ir adiante com sua promessa de processar a Igreja Universal do Reino de Deus, visando recuperar as ofertas entregues à instituição, que segundo ela somam R$ 2 milhões.
Ao longo de seis anos como membro, Andressa Urach se dedicou a divulgar seu livro, Morri Para Viver, impulsionar iniciativas da Igreja Universal voltada para mulheres e trabalhar na Record TV. Nesse período, a agora empresária alega ter doado R$ 2 milhões em ofertas e sido submetida a uma “lavagem cerebral”.
“Me levaram (a Universal) praticamente tudo que eu tinha. Foi mais de R$ 1,5 milhão que doei nesses últimos anos para a instituição, fora meu amor e tempo que dediquei. Como todos sabem que agora não tenho mais dinheiro para dar, ainda fui demitida da Record”, escreveu a modelo em suas redes sociais.
Posteriormente, em declaração feita por seus advogados ao portal Uol, a conta mudou: “Enquanto foi fiel, Andressa Urach acreditou cegamente na palavra da igreja e doou mais de R$ 2 milhões de diferentes formas e em momentos diferentes, sendo que na medida que seus recursos foram se esgotando, o aconselhamento e auxílio dado pela igreja também”.
De acordo com o portal O Povo, o processo movido pelos advogados de Andressa se baseia no artigo 549 do Código Civil que diz “nula é também a doação quanto à parte que exceder à de que o doador, no momento da liberalidade, poderia dispor em testamento”.
Demitida da Record TV do Rio Grande do Sul após romper com a Igreja Universal, Andressa Urach diz que enquanto foi membro, fez uma transferência de R$ 1 milhão, além de ter doado carros e joias, e agora estaria dependendo do auxílio de amigos e familiares para se sustentar.
‘Descartada como lixo’
À jornalista especializada em celebridades Fábia Oliveira, do jornal O Dia, a ex-modelo contou como a instituição influencia as pessoas que são recém-chegadas: “Existem períodos dentro da igreja, que se chamam Fogueira Santa. Neles, eles induzem as pessoas a darem tudo o que elas têm pra Deus, que você tem que dar mais para Deus do que para você. Que você tem que tirar o chão dos seus pés, que você tem que ficar na total dependência de Deus. Que você tem que dar o que você mais gosta, o que mais ama da parte financeira, para poder ajudar a obra de Deus”.
“A partir do momento que secou o dinheiro e eu não tinha mais de onde tirar, eu fui excluída. Então, eu vi que eles não se preocupavam com alma nenhuma, só com o dinheiro. Se tivessem se preocupado com a minha alma, não teriam me sugado até o último centavo e me descartado como um lixo, porque foi assim que eu me senti”, desabafou.
Ao final, reiterou sua disposição em buscar a reparação na Justiça: “Eu quero ter condições financeiras de poder dar uma faculdade para meu filho, porque nem nisso eu pensei quando eu doei o meu tudo”, concluiu, conforme informações do portal Ana Maria.