A Polícia Civil de Alagoas continua no encalço do aposentado Antônio Jairo dos Santos, de 65 anos, acusado ser o autor do atentado que deixou quadro pessoas feridas na Igreja Assembléia de Deus, na Chã de Bebedouro, periferia de Maceió. As vítimas estavam assistindo ao culto evangélico à noite, quando foram atingidas pelos tiros, disparos pelo aposentado, que é vizinho da igreja.
Além do susto, duas pessoas foram atingidas de raspão pelos disparos. Outras duas pessoas ficaram levamente feridas quando se jogaram ao chão. Eunice Tatiane Fragoso dos Santos, de 21 anos, e sua filha, Vitória Tainá dos Santos, de 4 anos; o garoto Luciano Menezes dos Santos, de apenas 1 ano e meio; e um homem identificado apenas por Eliel dos Santos, de 23, estavam entre os feridos.
Ontem pela manhã todas as vítimas já haviam recebido alta da Unidade Emergência Armando Lages. A jovem Eunice Tatiane contou que estava ao lado da filha assistindo ao culto quando ouviu o barulho dos tiros e percebeu que ela e a menina haviam sido baleadas. ‘Ele (Antônio Jairo) parou a moto em frente à igreja e já entrou atirando. Houve pânico e correria. Em seguida, o atirador subiu na moto e fugiu’, disse.
O delegado de plantão, Nivaldo Aleixo, disse que viaturas da Polícia Civil e Militar realizaram rondas durante toda a noite de anteontem e manhã de ontem, mas não conseguiram localizar o autor do atentado. O pastor da Igreja Assembléia de Deus da Chã de Bebedouro, Jerônimo Cândido dos Santos, disse à polícia que o alvo do atentado era ele. Segundo o evangélico, o autor dos tiros já havia reclamando do barulho dos cultos.
BIBLIOTECA
As investigações dentro da Prefeitura de São Paulo para descobrir quem – e quando – praticou os furtos das obras da Biblioteca Mário de Andrade já começaram. ‘Foram abertas sindicâncias no campo administrativo e encaminhadas todas as informações para as polícias’, disse ontem o prefeito da capital, Gilberto Kassab (PFL). O prefeito não quis comentar sobre a possibilidade de funcionários da biblioteca estarem envolvidos no desaparecimento de um Livro de Horas de 1501, 58 gravuras de Rugendas, 42 de Debret, 12 de Steinmann e 3 de Burmeister. No entanto, Kassab afirmou que o trabalho não será feito por servidores da Secretaria da Cultura do município. ‘Serão pessoas que têm experiência nisso.’
Segundo o prefeito, a sindicância visa ‘identificar não só os responsáveis, mas também a época em que os furtos ocorreram’. É certo que um dos desaparecimentos foi este ano e os outros, a partir de 2000.
À polícia foi entregue uma lista com os 103 nomes dos funcionários da biblioteca. O diretor da biblioteca, Luís Francisco Carvalho Filho, já afirmou não ter dúvidas da participação de algum servidor.
Fonte: O Liberal