Há pelo menos uma década que os debates em torno dos efeitos da emissão de gases tóxicos na atmosfera ganharam espaço entre importantes cientistas de todo mundo. Diversos estudos publicados pela revista “Science” indicam que as previsões iniciais sobre o aumento do nível do mar, por causa do aquecimento global, foram subestimadas.
De acordo com novas análises da Universidade de East Anglia e do Escritório Meteorológico do Reino Unido, os trabalhos anteriores não cruzaram informações de uma série de variáveis, como a elevação térmica da água e o descongelamento dos pólos. Não é à toa, por exemplo, que os últimos dez anos foram os mais quentes da história da humanidade. O ano de 1998 ficou em primeiro lugar e 2005, em segundo.
O ano de 2006 terminou na sexta colocação e, agora, os cientistas acreditam que 2007 tome o primeiro lugar. É o que afirma o professor Phil Jones, diretor da Unidade de Pesquisa sobre Clima da Universidade de East Anglia, na Inglaterra. De acordo com informações divulgadas pelo pesquisador na Folha de São Paulo e no jornal britânico “The Independent”, 2007 trará condições climáticas extremas para todo o mundo.
Quadro preocupante
Ao mesmo tempo em que esses dados são divulgados na Inglaterra, o cientista americano Jim Hansen, responsável pela previsão da temperatura em 1998, disse que é amplamente possível que o aquecimento global fique fora de controle nos próximos anos. Ele afirmou que a situação atual contribui para a elevação dos níveis dos mares e é capaz de provocar a extinção de várias espécies.
Jim Hansen lembrou que entre 1997 e 1998, as altas temperaturas causaram a morte de, aproximadamente, 2.000 pessoas. Os danos materiais estimados, na época, ficaram em US$ 37,7 bilhões em todo o mundo. Atualmente, poucos centros de pesquisa divergem em relação às catástrofes que podem ocorrer em razão do aquecimento global.
Não é sem fundamentos, portanto, que a revista Science – geralmente comedida nas palavras que usa para grandes eventos climáticos – afirmou que “cientistas sérios temem que o aquecimento global possa estar levando a um aumento do nível do mar catastrófico”. Isso porque, com o aumento da temperatura global, o degelo dos pólos aumenta numa velocidade ainda maior.
Elevação do nível do mar
De acordo com os resultados apresentados no Encontro de Outono da União Geofísica Americana, o gelo no Oceano Ártico não está apresentando a mesma recuperação consistente, após seu derretimento no verão. As conclusões são tão terríveis que a estimativa aponta que a região esteja livre de gelo em apenas 35 anos.
O estudo é conduzido pelo Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica (NCAR, sigla em inglês) e das universidades McGill e de Washington, EUA. “Quando o gelo recua, o oceano transporta mais calor para o Ártico e a água passa a absorver mais luz do sol, acelerando a taxa de aquecimento e levando à perda de mais gelo. Isso teria conseqüências dramáticas para toda a região do Ártico”, disse Marika Holland, cientista responsável pela pesquisa.
Outro fato preocupante é o derretimento das geleiras da Groenlândia e da Antártida. Os estudos para a região mostram que degelo acelerou mais em anos recentes com o aquecimento do planeta provocado pelo efeito estufa. Com a continuidade desde quadro, os cientistas prevêem que no final deste século o clima no planeta será semelhante ao de 130 mil anos atrás. Nesta realidade, o nível do mar estará cerca de seis metros acima do que é observado hoje.
Isso significa que qualquer casa de praia, em toda costa brasileira, só será estará acessível por submarino. O cálculo atual mostra que cerca de 30 quilômetros cúbicos de água são despejadas no oceano, anualmente. Só para se ter uma idéia, uma cidade como Los Angeles, com 10 milhões de habitantes, consome apenas um quilômetro cúbico de água por ano.
Os cientistas afirmam que com uma elevação desse tipo, o mar se tornará constantemente revolto, e o bramido do mar será decorrente de muitas ondas gigantes. Além disso, a Camada de Ozônio, considerada uma virtude da natureza que protege a terra, estará seriamente abalada.
Mas sintomas dessa ‘avalanche’ já podem ser sentidas atualmente. No final de 2006, por exemplo, uma pequena ilha desapareceu da face do oceano por causa do aumento do nível do mar. Trata-se da ilha de Lohachara, na baía de Bengala, Índia. O local abrigava cerca de 10 mil pessoas. A tragédia foi confirmada por cientistas da Universidade de Jadavpur, em Calcutá. É um acontecimento que não tem precedentes e foi noticiado pelo jornal “The Independent”.
“Olhai para a figueira”
Nos livros do Novo Testamento estão relatados as profecias deixadas por Jesus Cristo acerca de grandes acontecimentos naturais antes do fim do mundo. Em Lucas 21, versículos 25 e 26 está escrito: “E haverá sinais no sol, e na lua, e nas estrelas, e, na terra, angústia das nações, em perplexidade pelo bramido do mar e das ondas. Homens desmaiando de terror, na expectação das coisas que sobrevirão ao mundo, porquanto as virtudes do céu serão abaladas. E então verão vir o Filho do homem numa nuvem, com poder e grande glória”, afirmou o Senhor.
Em seguida, Cristo atentou para a parábola da figueira. “Ora, quando estas coisas começarem a acontecer, olhai para cima e levantai as vossas cabeças, porque a vossa redenção está próxima (…) olhai para a figueira e para todas as árvores. Quando já tem rebentado, vós sabeis por vós mesmos, vendo-as, que perto está já o verão (Lucas 21: 28, 29, 30)”, assegurou Jesus.
Fonte: Elnet