Uma descoberta feita por arqueólogos continua chamando atenção pelo nível de importância para o mundo científico e, em específico, para a arqueologia bíblica, após escavações realizadas nas Cidade de Davi, em Jerusalém, revelarem placas de marfim do período do Primeiro Templo.
O comunicado foi realizado pela Autoridade de Antiguidades de Israel (IAA). Os arqueólogos acreditam que os artefatos são da Idade do Bronze e a Idade do Ferro, por volta dos séculos 8 e 7 Antes de Cristo, época do Primeiro Templo de Salomão.
Por volta de 1.500 fragmentos de marfim foram encontrados nas escavações. Os objetos são considerados extremamente raros, sendo uma descoberta inédita em Jerusalém. Como chegavam a custar mais caro do que o ouro, esse tipo de material só era utilizado por pessoas ricas.
A Bíblia cita, por exemplo, o “grande trono de marfim” do rei Salomão, registrado em 1 Reis 10:18, assim como a presença do mesmo material no palácio de Acabe, conforme 1 Reis 22:39, dentre outras referências.
“Após uma comparação com objetos completos que aparecem em placas de parede do palácio do rei assírio Senaqueribe em Nínive, sugerimos que as placas de marfim de Jerusalém foram originalmente incrustadas em um trono de sofá, e podemos imaginar que ele estava situado no segundo andar da estrutura opulenta”, informaram os arqueólogos, segundo a Galileu.
Ainda segundo os arqueólogos, a descoberta evidencia o quanto a cidade de Jerusalém possuía uma importância global no mundo antigo, considerando a riqueza empregada na construção dos seus edifícios.
“Já estávamos cientes da importância e centralidade de Jerusalém na região no período do Primeiro Templo, mas as novas descobertas ilustram o quão importante era Jerusalém, e as novas descobertas colocam-na na mesma liga que as capitais da Assíria e do Reino de Israel”, disseram o Professor Yuval Gadot, do Departamento de Arqueologia e Culturas do Oriente Próximo da Universidade de Tel Aviv, e o Dr. Yiftah Shalev, da IAA.