A perseguição religiosa ao cristianismo ocorre de múltiplas formas, sendo a implícita uma delas, normalmente através de narrativas que buscam discriminar a fé cristã por meios ideológicos. Este pode ser o caso de um relatório publicado pela Comissão Canadense de Direitos Humanos (CHRC) no dia 23 de outubro desse ano.
Isso, porque, o documento associa a celebração dos feriados nacionais da Páscoa e Natal, no Canadá, à suposta “discriminação religiosa sistêmica”. Basicamente, os promotores dessa visão alegam que essa prática estaria “fundamentada na história do colonialismo” do país, encontrando o seu exemplo mais “óbvio” nessas datas comemorativas.
Em outras palavras, por terem sido herança dos colonizadores, a celebração do Natal e da Páscoa teria sido usada ao longo dos séculos como um instrumento de opressão estrangeira.
“Nas escolas, as crianças indígenas foram submetidas a uma conversão vigorosa ao Cristianismo, uma vez que a sua espiritualidade foi enquadrada como sendo supersticiosa ou uma forma de bruxaria. Elas foram retratadas como seres inferiores para justificar a violência e discriminação trazidas contra elas pelos colonizadores”, diz o documento.
Ignorando a natural preferência popular dos canadenses em relação à religião, o documento pede que a população escolha “diversos dias religiosos ou dias culturais de importância que vão além daqueles ligados a feriados estatutários” como a Páscoa e o Natal.
Em seu corpo, o documento faz parecer que os promotores do relatório não aceitam o fato dos feriados cristãos serem os mais aceitos e populares do país, exatamente como ocorre na maioria dos outros países do planeta.
“Feriados estatutários relacionados ao cristianismo, incluindo o Natal e a Páscoa, são os únicos feriados estatutários canadenses ligados aos dias sagrados religiosos”, diz o texto, que conclui, segundo a Christian Post.
“Como resultado, os não-cristãos podem precisar solicitar acomodações especiais para observar seus dias sagrados e outras épocas do ano em que sua religião exige que eles se abstenham do trabalho.”