A arqueologia continua sendo uma das ciências que mais favorecem a fé judaico-cristã, tendo em vista o grande e contínuo número de descobertas que reforçam a confiabilidade nos relatos da Bíblia sagrada, como a mais recente feita por arqueólogos no deserto de Neguev.
Neguev é um deserto localizado em Israel, país onde foi anunciado no último dia 4 a descoberta de 16 sementes de uvas de variadas espécies. Dessas, exames de DNA revelaram que duas datam do ano 900 antes de Cristo.
O comunicado foi feito pelo laboratório paleogenético do Museu Steinhardt de História Natural da Universidade de Tel Aviv e pela Universidade de Haifa, segundo informações da revista Galileu.
Registrada na Bíblia
Os arqueólogos acreditam que as sementes encontradas fazem parte de uma espécie registrada pela Bíblia, na passagem de Gênesis 49:11, quando o patriarca Jacó deu sua bênção ao filho:
“Ele amarrará seu jumento a uma videira, seu jumentinho ao ramo mais escolhido; ele lavará suas vestes no vinho, suas vestes no sangue das uvas”, diz o texto sagrado.
Também acredita-se que a mesma espécie foi mencionada em Números 13:23, onde está escrito que “quando chegaram ao Vale de Eshkol (identificado por alguns como Nahal Sorek), eles cortaram um galho com um único cacho de uvas. Dois deles o carregavam numa vara entre si”.
Líder das escavações, o professor Guy Bar-Oz também acredita que a descoberta confirma a existência de uma grande vinícola na região, durante o período bizantino. Com o avanço da dominação muçulmana, o cultivo foi encerrado, retomando apenas na segunda metade do século passado.
“O cultivo de uvas para vinho no Neguev foi renovado apenas nos tempos modernos, no estado de Israel, principalmente desde os anos 1980″, explica o professor. “Essa indústria, no entanto, depende principalmente de variedades de uva importadas da Europa”.
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