Se posicionar em defesa dos próprios princípios e valores, o que inclui a fé em Jesus Cristo e seus ensinamentos, parece estar se tornando um desafio cada vez maior em diversos setores, como no esporte, onde jogadores precisaram se recusar a usar uma camisa LGBT durante uma partida.
A situação envolveu um jogo entre os times Toulouse e Nantes, pelo Campeonato Francês deste ano. Devido ao mês que promove o “Orgulho LGBT+”, os clubes resolveram criar uma camisa em homenagem ao movimento.
Determinados jogadores de ambos os times, no entanto, frisaram que não usariam a camisa por questão de fé, já que o movimento LGBT, que prega a relação sexual entre pessoas do mesmo sexo como parte da diversidade humana, contraria o ensino bíblico sobre casamento e família.
Com isso, o clube emitiu o seguinte comunicado: “Alguns jogadores do time profissional expressaram seu desacordo com a associação de sua imagem com as cores do arco-íris que representam o movimento LGBT”.
Assim, “respeitando as escolhas individuais de seus jogadores, e após inúmeras trocas, o Toulouse Football Club optou por deixar os referidos jogadores fora da partida”, destacou o Toulouse.
Reações
O jogador Mostafa Mohamed, atacante do Nantes, está entre os atletas que se recusaram a usar a camisa LGBT. Em resposta ao seu posicionamento consciente, diferentemente do Toulouse que respeitou a decisão dos seus jogadores, o clube resolveu lhe aplicar uma punição financeira.
Segundo o Nantes, Mostafa “recusou fazer parte do jogo contra o Toulouse por razões pessoais, num momento em que o Nantes luta pela permanência na primeira divisão. Por isso, a diretoria decidiu puni-lo financeiramente”.
Assim como Mostafa, o zagueiro Zakaria Aboukhlal, do Toulouse, argumentou que o posicionamento dos colegas reflete o respeito que eles têm às suas próprias crenças e valores, algo que também deve ser respeitado por quem defende a pauta LGBT.
“Respeito é um valor que tenho em grande estima. Ele se estende aos outros, mas também abrange o respeito por minhas próprias crenças pessoais”, disse Zakaria. “Portanto, não acredito que seja a pessoa mais adequada para participar desta campanha.”
“Respeito todas as diferenças. Respeito todas as crenças e convicções. Esse respeito se estende aos outros, mas também inclui o respeito por minhas crenças pessoais. Dadas as minhas raízes, a minha cultura, a importância das minhas convicções e crenças”, reforçou Mostafa, segundo o Guiame.
Brasil
O posicionamento dos jogadores na França não foi muito diferente de outro caso ocorrido no Brasil, dessa vez envolvendo o zagueiro cristão Leandro Castan, do Vasco, que fez uma crítica à utilização de uma camisa LGBT pelo clube, citando para isso a passagem de Gênesis 9:1-17 em suas redes sociais, acompanhada da farda original do time.
“Eu sou o primeiro a respeitar a instituição, respeitar o torcedor. No momento ali, que eu expus aquilo que acredito, quando eu fui, teoricamente, obrigado a vestir uma camisa, algumas pessoas não gostaram. Mas, eu respeito a todos e acho que eu também devo ser respeitado”, defendeu Castan. Veja:
‘Como cristão, é aquilo que penso. Devo ser respeitado’, reitera zagueiro sobre polêmica com LGBTs