Após a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, afirmar que o governo brasileiro entrou em contato com o Irã para saber quais motivos levaram o governo a condenar Yousef Nadarkhani à pena de morte, o assessor especial para assuntos internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, se pronuncia sobre o caso dizendo que o Brasil tem que ser “cuidadoso” porque não é “tribunal do mundo”.
Garcia afirmou, de acordo com o G1, esperar que a intervenção brasileira ajude a mudar a situação do pastor iraniano, mas ressalta que o país deve agir com cautela para não ferir as relações diplomáticas com o Irã: “O Brasil tem utilizado a negociação como um caminho muito proveitoso. Queremos continuar fazendo isso de uma forma respeitosa”, ressaltou.
O assessor disse ainda que não é objetivo do Brasil criar um modelo de democracia as ser seguido por outros países, e que, além de não sermos tribunal do mundo, “não queremos exportar nossos valores”. Em seu pronunciamento ele disse também que “se as pessoas acharem que os valores da democracia brasileira são importantes, ótimo, mas não vamos criar um paradigma, criar um livrinho e dizer: siga o modelo do Brasil”.
O caso de Yousef Nadarkhani está tendo muita visibilidade entre os políticos brasileiros. Por pedido do senador Magno Malta (PR-ES), que integra a bancada evangélica no Congresso, a Comissão de Direitos Humanos do Senado vai realizar uma audiência pública para debater o tema e pretende convidar para a audiência o embaixador do Irã no Brasil.
Fonte: Gospel+