Desde que resolveu sair em defesa da família tradicional em uma entrevista para a jornalista Leda Nagle, a atriz Cássia Kis passou a enfrentar o que ela mesma classifica como “verdadeiro assédio moral” por parte de grupos ativistas e até de colegas de profissão.
Apesar dos ataques promovidos pela patrulha ideológica da turma que pede “mais amor” e respeito à “diversidade”, mas não tolera opiniões contrárias, a estrela que é protagonista na novela Travessia, da rede Globo, mostrou que não se deixou intimidar com tais reações.
“Dizem que, por assumir uma posição política conservadora, eu estaria envergonhando a classe artística. Se fosse apenas isso, tudo bem. Mas o zum-zum-zum chegou além, pois me atribuem intenções que não tenho, palavras que não disse e crises que não criei”, disse Cassia Kis em um artigo para a Folha de S. Paulo.
“A pressão sobre mim —verdadeiro assédio moral — ganhou contornos policiais, pois me chega a notícia de que estou sendo formalmente acusada de homofobia por um grupo de ativistas do Rio de Janeiro”, destaca a artista.
“Politizando minha fé”
De acordo com Cássia Kis, os seus críticos estão tentando desmerecer os seus posicionamentos porque estão fazendo uma leitura politizada da sua fé. Ela explicou, contudo, que tem o direito de expressar a sua visão conservadora como uma cidadã qualquer.
Em decorrência dos seus ideais, a própria Globo, emissora onde trabalha, chegou a emitir uma nota de repúdio contra a profissional, endossada por outros artistas da empresa.
“Meus detratores dizem que política e religião não se misturam, porque o Estado é laico. Mas eles estão justamente politizando a minha fé, talvez imaginando que rezar o terço, ir à missa aos domingos e me confessar com um sacerdote sejam atos políticos. Estão enganados”, argumentou a atriz.
“Ocorre que a Cássia que reza é a mesma cidadã que tem o direito constitucional de manifestar suas preferências políticas. Uma só pessoa, duas coisas diferentes”, conclui.